A coligação liderada pelos islâmicos que governa a Tunísia após a primeira eleição democrática no país chegou a um acordo sobre os três principais cargos estatais e realizará novas eleições dentro de um ano, informou o principal partido da coligação esta segunda-feira.
Hamadi Jbeli, secretário-geral do partido islâmico Ennahda, assumirá o posto mais poderoso, o de primeiro-ministro, segundo Nourdine Bhiri, porta-voz do partido. Moncef Marzouki, chefe do partido minoritário da coligação Congresso para a República, terá a função de presidente, cargo em grande parte cerimonial, e Mustafa Ben Jaafar, líder do Ettakatol, terceiro parceiro na coligação, será o presidente do Parlamento, responsável por elaborar a nova Constituição, disse Bhiri. “Temos um acordo para organizar eleições dentro de um período que não seja superior a mais de um ano”, afirmou Bhiri.
A eleição na Tunísia aconteceu no final de outubro, 10 meses depois de uma revolução que derrubou o presidente autocrático Zine al-Abidine Ben Ali e preparou terreno para os protestos da “Primavera Árabe” que têm reconstruído o cenário político do Oriente Médio.