Foi com este chamamento que Daviz Simango iniciou o seu discurso de tomada de posse como presidente da mais recente força política em Moçambique, falando para uma audiência de cerca de quatrocenta pessoas que participaram na Assembléia constituva do MDM – Movimento Democrático de Moçambique
Falando na ocasião Simango disse que a criação do movimento visa proporcionar novas oportunidades de democracia pluralista em Moçambique “responde a necessidade de mudanças reais, efectivas e não fictícias. Representa que a afirmação da entidade moçambicana plural vive e está viva, atenta a situação política perigosa em que hoje nos encontramos”.
“A teimosia do governo em considerar que o estado da Nação é bom contrasta com a realidade difícil das famílias e das pessoas, numa nação pedinte, carente e com excenso de insegurança: alimentar, sanitária no município, nas vias públicas das cidades etc.” acrescentou o líder do MDM.
“Só a nação do estado que está sob controle do partido no poder está bom, mas o estado da nação real não é nada bom” concluiu Daviz Simango.
No final da conferência constitutiva de dois dias decorrida na cidade da Beira, tomaram posse os 60 membros que compõem o Conselho Nacional, nove da Comissão Política e quatro do Conselho Nacional Jurisdicional.
Entretanto, Daviz Simango deverá acumular durante os próximos dois meses os cargos de presidente e de secretário-geral, até que seja encontrada uma figura que, segundo Simango, deverá ser pessoa de expectativa e de esperança.
O MDM, segundo o seu presidente, deverá decidir através do seu Conselho Nacional e da Comissão Política se deverá disputar este ano as eleições presidenciais. Assente está que esta formação política vai concorrer nas legislativas e nas eleições provinciais, conforme garantiu o porta-voz do partido, Geraldo Carvalho.
Cerca de 100 membros da Renamo renunciaram a sua filiação a este partido filiando-se no “galo”, símbolo desta formação política.
Depois dos trabalhos no período de manhã, a tarde foi reservada para um showmicio no campo de futebol da ex-Beira Boarting, no populoso bairro da Munhava. Perto de sete mil pessoas estiveram concentradas no local desde as primeiras horas da tarde só que o encontro acabou acontecendo duas horas mais tarde em relação à hora prevista, que era 15 horas, tudo devido à reunião que a Comissão Política realizou depois de todos os trabalhos da conferência, nomeadamente para a leitura e assinatura da acta da assembleia constitutiva do partido.
Dirigindo-se aos populares, Daviz Simango começou por explicar os objectivos que nortearam a criação do partido, tendo depois apresentado alguns membros que compõem os órgãos directivos do MDM.
Depois do discurso de improviso do presidente daquela formação política emergente que durou aproximadamente uma hora, alguns músicos, com destaque para Azagaia, subiram ao palco para colorir a festa do termo da constituição do Movimento Democrático de Moçambique.