O Conselho Municipal da Cidade de Maputo e a Organização Holandesa de Desenvolvimento (SNV), assinaram nesta quarta-feira (11) um memorando de entendimento para o desenvolvimento do sector de consumo e de negócio de gás doméstico para a população de todos os estrados sociais.
Este projecto prevê a consciencialização da população local para aderir o uso de gás doméstico como sendo uma das fontes energéticas considerada linda diferentes da lenha e carvão que grande parte dos moçambicanos tem como solução para confecionar os seus alimentos.
O projecto-piloto será lançado no bairro da Mafalala esperando se abranger pouco mais de 70 por cento dos 21 mil habitantes ali residentes para depois ser expandido para diversos bairros, postos administrativos urbanos, quiçá distritos e outras províncias do país.
Dados fornecidos pelas autoridades municipais dão conta de que já foi feito um estudo envolvendo quase toda a população da cidade e província de Maputo sobre as estratégias a serem usadas no processo de divulgação, as boas maneiras de uso, distribuição e o grupo alvo a ser abrangido durante um fase de divulgação das vantagens de uso de gás doméstico.
Projecto piloto
Este projecto, para além de ser parte da missão da Hidrocarbonetos de Moçambique (ENH), acrescentar valor aos recursos naturais através da distribuição e comercialização de gás doméstico, está inserida no Programa Quinquenal do Governo para 2010-2014, como uma das acções prioritárias para a redução de importação de combustíveis.
David Simango Presidente do Conselho Municipal da cidade de Maputo disse apôs ter assinado o memorando de entendimento que a maior ambição que se pretende chegar é de toda a população de Maputo poder usar o gás doméstico como a base para confecionar os seus alimentos devido a qualidade que tem, de não poluir o ambiente e gastar menos fundos para as famílias com fraca posse financeira.
“Vamos ver se a estratégia de distribuir botijas pode nos valer, como dizia um amigo se as redes telefónicas distribuíssem celulares a população não haveria de compra de crédito, pois há pessoas que passam fome e sem dinheiro de chapa mas tem crédito no celular, e vamos ver se consigamos usar estas estratégias” prometeu David Simango.
O Edil de Maputo afirmou que com este projecto-piloto querem fazer habituar a população o uso de gás doméstico produzido em Moçambique, depois de transformado possa ser consumido domesticamente ou possa beneficiar a população de Maputo quiçá de Moçambique.
“Sabemos que o número de Moçambicanos que consomem gás produzido neste país não chega a uma percentagem de 10 por cento, então com este projecto queremos que a população abandone o uso de lenha ou carvão e opta no gás devido a sua qualidade, sustentabilidade e energia saudável” garantiu para depois afirmar que ao se usar este produto a população estaria a combater a pobreza e garantia o desenvolvimento dos munícipes.
“As grandes cidades devem ser as principais consumidoras de gás produzido em Moçambique para depois as outras mais pequenas seguirem o exemplo que neste momento é caracterizado na cidade e província de Maputo como maior consumidor” aconselhou Simango.
Moçambicanos vão consumir gás de Moçambique
Num outro desenvolvimento a fonte que temos vindo a citar referiu que as empresas petróleos de Moçambique (Petromoc), e o Fundo Nacional de Energia (FUNAE), é que vão se responsabilizar na distribuição do referido produto junto da população residente nas zonas mais distantes das cidades.
Entretanto Herdricus Overmars director Nacional da SNV em Moçambique na sua locução afirmou que com este projecto os moçambicanos estarão a responder o programa do consumo dos produtos produzidos em Moçambique, visto que, dentro de alguns anos o país poderá atingir a posição 4 dos maiores produtores do gás ao nível do mundo.
Herdricus Overmars avançou que o projecto tem na manga que nos próximos dez a quinze anos todos os moçambicanos estejam a consumir gás natural, produzido em Moçambique e não deixar que outros povos usufruam aquilo que é produzido ao nível interno. Herdricus Overmars aproveitou a ocasião para deixar certas recomendações a população beneficiária do projecto-piloto ao nível de Maputo para que adiram o programa de consumo de gás doméstico por garantir a energia renovável e limpa para que o ambiente não esteja poluído em Moçambique com a destruição e devastação da mata devido a procura de lenha e carvão vegetal.
Sem avançar com os fundos a serem desembolsados para o projecto o director Nacional da SNV, referiu que estão em processo a identificação de outros parceiros de cooperação para que o projecto a arrancar nos próximos meses de Agosto ou Setembro possa ter impacto nas comunidades. Importa referir que a Organização Holandesa para o Desenvolvimento (SNV), tem vindo promover programas de desenvolvimento direcionados junto com o Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM), na promoção do Turismo Comunitário cujo bairro piloto é Mafalala.