A crise que se vive no desporto zambeziano, neste caso particular no futebol, já vem mostrar as diversas fragilidades que cada sector tem. Se a última aparição na mais alta roda de futebol da Zambézia, foi com o Benfica de Quelimane em 2006, de lá para cá, as coisas terminam apenas da Segunda Divisão de Honra.
Mesmo nos últimos dois anos, a província teve chances para entrar no Moçambola, mas falhou. Mas falhou porquê? Eis a pergunta. A culpa é repartida a todos intervenientes, desde os clubes, associações, dirigentes desportivos e até chegar ao governo, neste caso a direcção provincial da Juventude e Desportos (DPJD), que neste sábado, teve que aceitar receber um certificado de incompetência emitido pelos clubes da Zambézia, num encontro em que a agenda principal era analisar a situação do desporto na província e que teve o Governador Itai Meque como moderador.
Na ocasião, todo clubes de forma unânime afirmaram que o governo, neste caso representado pela DPJD, nem sequer tem o dimínio dos instrumentos legais que guiam o desporto ao nível do país. Manuel de Morais, mestre em Desporto pela Universidade Pedagógica e reitor da mesma em Quelimane, disse na sua intervenção que os fracos resultados e a desorganização que se verifíca no desporto em geral é por falta de domínio da legislação, tendo Morais, apontado a direcção provincial do Desporto como sendo um dos elos mais fracos.
Daniel Trindade, representante do Benfica de Quelimane, disse também que a grande dor de cabeça que há é a falta de domínio da legislação desportiva.