A 25ª sessão da Cimeira da União Africana (UA) terminou terça-feira com as promessas dos delegados de realizar a Agenda de 2063, um plano de desenvolvimento futuro do continente.
A cimeira de dois dias, que foi manchada pela presença do Presidente sudanês, Omar Al-Bachir, depois das acusações feitas contra ele pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), permitiu aos chefes de Estado e de Governo africanos abordar a Agenda de 2063, a autonomização das mulheres e a crise política no Burundi.
Depois da partida em pânico de Al-Bachir segunda-feira da África do Sul, em violação duma decisão de justiça que lhe proibia de deixar o país, a Presidente da Comissão da UA, Nkosazana Dlamini-Zuma, defendeu a decisão de o convidar para participar na cimeira. Ela declarou que “o Sudão é um Estado-membro da UA e que, a esse respeito, ele sempre participou na Cimeira da UA”.
No seu discurso à cimeira, o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, indicou que apesar dos enormes progressos realizados pela UA desde que substituiu a Organização da Unidade Africana (OUA), em 2002, muito ainda resta fazer para atingir os seus objectivos de desenvolvimento.
“África assumiu o seu destino, sobretudo em matéria de desenvolvimento sócio-económica e de integração. África está numa nova etapa de desenvolvimento e de crescimento que vai permitir-lhe assumir o lugar que lhe convém no mundo dos negócios”, sublinhou.
Contudo, observadores dizem que a cimeira de dois dias foi mal organizada. Além da saga do Presidente Al-Bashir, o dia de abertura, domingo, registou um atraso de quatro horas e as conferências de imprensa foram raramente organizadas segundo o calendário previsto.