A cidade do Maputo conta actualmente com cerca de 200 mil veículos de um universo de cerca de 350 mil automóveis existentes em Moçambique, indicam dados oficiais divulgados, esta Quarta-feira.
Em termos percentuais, a capital moçambicana conta com o correspondente a 57,1% de viaturas em circulação, em Moçambique, “e a situação concorre para um maior congestionamento na maioria das artérias da cidade do Maputo”, segundo faz notar a Associação dos Importadores e Distribuidores de Automóveis de Moçambique (AIDAM), a nascer formalmente hoje, quinta-feira, no Maputo.
A agremiação refere que, de 2001 a 2008, o número de veículos importados por Moçambique quase que duplicou, “provocando enormes problemas de congestionamento, particularmente, na cidade do Maputo”, crescimento que torna notória a importância do sector para o crescimento da economia “e lança novos desafios em áreas como impacto ambiental, sinistralidade e segurança rodoviária”, destaca a AIDAM.
Aquele tipo de desafios, que se aliam à política aduaneira e fiscal, estarão a ser consagrados no âmbito das preocupações e objectivos da intervenção da Associação dos Importadores e Distribuidores de Automóveis de Moçambique.
Dificuldades
A nova agremiação pretende contribuir nas acções de promoção e apoio no trabalho de sensibilização e colaboração com autoridades da área na definição de políticas de desenvolvimento do sector automóvel e regulação do mesmo, “para que tal desenvolvimento se processe de forma sustentável do ponto de vista empresarial, económico e social”, salienta a AIDAM.
Os problemas do sector são referentes à importação de carros de segunda mão “com curto tempo de vitalidade, deficiências mecânicas e sem peças sobressalentes no mercado”, destaca a Associação dos Importadores e Distribuidores de Automóveis de Moçambique.
Acidentes de viação
Estimativas, entretanto, do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) indicam que, em média anual, o número de óbitos por acidentes de viação está a caminhar para cerca de duas mil vítimas mortais.
Até Setembro de 2011, a sinistralidade causou cerca de 1400 óbitos, número superior ao registado em igual período do ano anterior, onde houve um registo de pelo menos 900 mortos, devido a acidentes de viação.