A Polícia moçambicana (PRM) deteve duas cidadãs acusadas de tráfico de uma criança em troca de emprego, na cidade de Chimoio, na província central de Manica.
Trata-se de Maria Mateus e Débora Samsone, ambas de 24 anos de idade, residentes no bairro Heróis Moçambicanos , naquela urbe, anunciou hoje o porta-voz da PRM em Manica, Mateus Mindú, no habitual briefing semanal. Maria Mateus, mãe da criança recém-nascida, e Débora Samusone (promotora de emprego) estão encarceradas na 1ª Esquadra da PRM em Chimoio.
Segundo explicou Mindú, depois do nascimento, Maria Mateus entregou a criança a Débora em troca de emprego. ‘Elas são amigas. Uma (Maria) ficou grávida e no quarto mês, por ver que não tinha condições, negociou com amiga e foi ao hospital abrir ficha em nome dela (Débora). Depois de dar luz, achou que devia oferecer seu bebé para conseguir emprego. Fez todos registos em nome da suposta patroa’, contou Mindú.
“Não se sabe se havia recebido algum dinheiro, mas confirma-se a primeira condição que era emprego. Quando teve bebé foi registado em nome da amiga que também simulou gravidez ao marido. Passados vários meses, ela disse ao marido que teve bebé enquanto era da amiga. Maria Mateus informou a família que teve um nado morto, enquanto havia entregue a patroa’” acrescentou.
A fonte policial afirmou que a detenção daquelas cidadãs foi possível graças a denúncias de populares que tendo tomado conhecimento sobre a prática Modeste crime, informaram a polícia que iniciou um trabalho até a neutralização das envolvidas no caso.
O porta-voz disse que as duas cidadãs serão responsabilizadas pelo crime de falsas declarações relativas a nascimento ou morte de recém- nascido. Maria Mateus confirmou ter entregue sua criança em troca de emprego, tendo afirmado que fez porque a amiga lhe assegurou emprego em sua casa como empregada doméstica.
“O meu namorado aconselhou-me a fazer aborto. Recusei e deixou de cuidar de mim. Meus familiares também me rejeitaram e expulsaram-me de casa. Quando falei com minha amiga, ela prontificou-se em ficar com a criança. Por isso, registei em nome dela para me ajudar a cuidar da menor”, referiu.
Débora Samsone disse ter aceite ficar com a criança como forma de ajudar a amiga. Acrescentou que comprou enxoval para o bebê e assumiu todas despesas.
“Quando ela me explicou da situação aceitei ajuda-la. Registei a criança em meu nome. Aceitei para não prejudicar a ela e não matar o filho. A criança era para viver comigo”, contou.
Durante o fim-de-semana, no distrito de Vanduzi, foi detido um cidadão indiciado de prática de crime electrónico, vulgo troca de cartões nas caixas bancárias. Na sua posse, foram encontrados mais de dez cartões de vários bancos.
No distrito de Gôndola, a corporação capturou um grupo que se dedicava a assaltos em residências e recuperou vários bens, com destaque para aparelhagem sonora, telemóveis e outros eletrodomésticos