Relatos das ilhas mais afastadas de Vanuatu pintaram um quadro de destruição completa depois que um ciclone gigantesco devastou a nação-ilha do Pacífico, derrubando edifícios e matando pelo menos 24 pessoas.
Autoridades de órgãos de emergência e socorristas lutam para estabelecer contacto com as ilhas que receberam o grosso dos ventos de mais de 185 quilómetros por hora do Ciclone Pam, que destruíram casas, esmagaram barcos e arrasaram ruas e pontes no final da sexta-feira e prosseguiram no sábado. Foram confirmadas as mortes de 24 pessoas, e 3.300 ficaram desabrigadas, de acordo com um comunicado do Escritório Administrativo Nacional de Desastres.
Mas o número pode aumentar à medida que se restabelecerem as comunicações com as ilhas mais distantes do arquipélago, que cobre uma vasta área. “Muitos dos prédios e das casas foram completamente destruídos”, disse o presidente de Vanuatu, Baldwin Lonsdale, à Reuters em Tóquio. “Mais de 90 por cento dos prédios foram destruídos”. A Cruz Vermelha da Austrália disse ter relatos de “devastação total” na ilha de Tanna, no sul, onde a maioria das residências teria sido destruída.
Tanna, cerca de 200 quilómetros ao sul da capital, Port Vila, tem 29 mil habitantes e foi atingida com força total pela tempestade de categoria 5, e pelo menos duas pessoas morreram. Relatos de grupos de assistência dão conta de que a principal cidade da ilha de Erromango, ao norte de Tanna, sofreu estragos semelhantes.