O ciclista australiano Michael Rogers recebeu oficialmente uma medalha olímpica de bronze na segunda-feira – 11 anos depois da corrida em que a conquistou. O atleta de 35 anos terminou a prova na Olimpíada de Atenas em 2004 no quarto lugar, mas depois que Tyler Hamilton, o vencedor da competição, perdeu o seu ouro há três anos por doping, Rogers foi elevado para a terceira colocação.
“Que honra enorme”, disse Rogers durante uma cerimónia na sede do Comité Olímpico Internacional (COI) em Lausanne, na Suíça, à qual compareceram o presidente da entidade, Thomas Bach, o seu vice, John Coates – que na ocasião era o líder da delegação australiana – e o chefe da União Internacional de Ciclismo (UCI, na sigla em inglês), Brian Cookson.
“Quando me lembro daquele dia, 11 anos atrás, em Atenas, minha primeira reacção é um sorriso. Esta medalha de bronze dá-me uma grande satisfação e acrescenta algo tangível às minhas óptimas lembranças”, declarou Rogers.
No ano passado, o COI aprovou uma nova regra como parte das reformas de sua Agenda 2020 com o objectivo de homenagear atletas saudáveis, que recebem uma medalha olímpica após um caso comprovado de doping.
O norte-americano Hamilton inicialmente teve permissão para ficar com a medalha em 2004, apesar de ter apresentado teste anti-doping positivo, porque o laboratório destruiu acidentalmente a amostra B. Ele então foi apanhado num teste de sangue em 2005 e banido do desporto por dois anos, e novamente em 2009, quando foi afastado por oito anos, e em 2011 finalmente admitiu ter usado doping.