O distrito de Chókwè, na província meridional de Gaza, tenciona explorar 10 mil hectares para a produção de arroz, no âmbito dos esforços locais para se refazer dos estragos das cheias que devastaram a região no início de 2013.
Este dado foi-nos transmitido pelo Presidente do Conselho de Administração da empresa pública Hidráulica de Chókwè, Soares Xirinda, tendo ainda salientado que nos primeiros quatro meses deste 2014 o regadio local produziu arroz numa extensão de quase três mil hectares.
A “extraordinária” recuperação em curso no regadio de Chókwè deve-se ao investimento de cerca de 35 milhões de meticais injectados pelo Governo moçambicano e parceiros externos de cooperação, com maior destaque para o Japão e Banco Islâmico de Desenvolvimento.
Refira-se que durante as cheias de 2013 as chuvas que assolaram Chókwè chegaram a atingir cerca de três metros de altura, fenómeno que destruiu infra-estruturas agrícolas e a totalidade da produção de arroz e outras culturas daquele distrito.
Aquela informação foi prestada à margem de um comício popular orientado pelo Chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, ao distrito de Chókwè, no quadro da presidência aberta que realiza desde semana finda e termina esta quarta-feira à província de Gaza.
Durante o comício popular, Armando Guebuza disse que o seu Governo está “muito ciente” das preocupações da população de Chókwè resultantes das cheias que ciclicamente devastam aquele distrito com elevadas potencialidades agropecuárias.
Entretanto, Guebuza considerou “muito elevados” os encargos necessários para a construção de barragens para travar as cheias que regularmente afectam aquela zona.
Dados preliminares estimam em cerca de um bilião de meticais o valor necessário para construir uma barragem para travar as cheias em Chókwè e arredores, de acordo ainda com o Presidente moçambicano, esclarecendo, no entanto, que o Estado não dispõe de capacidade financeira para resolver cabalmente aquela situação.
No entanto, Armando Guebuza apontou a popularização do imposto como uma das saídas pela qual o seu Executivo vai continuar a apostar para melhorar o nível de receitas do Estado moçambicano necessárias para reduzir a dependência do país em relação ao exterior e minimizar as “muitas limitações” financeiras que o país continua a enfrentar.