O Partido Comunista da China vai discutir uma proposta para alteração de estatuto num Congresso no início de Novembro, informou a mídia estatal, esta Segunda-feira (22), numa medida que visa reforçar o regime de partido único ao longo dos próximos cinco anos.
A agência de notícias estatal Xinhua não entrou em detalhes sobre quais alterações poderiam acontecer, embora o partido já tenha formado as directrizes nas quais grandes decisões políticas, como mover a China na direcção de uma economia de mercado, foram baseadas.
“A reunião destacou a importância de se fazer um projecto de emenda à Constituição do PC (Partido Comunista), que está de acordo com as necessidades de inovação teórica, prática e desenvolvimento do PC e também promover o trabalho do PC e reforçar a sua construção”, disse a Xinhua, citando um comunicado da reunião do Politburo.
O estatuto do partido não chega a ser um documento jurídico, mas sim um guia de organização e compilação das justificativas ideológicas que os comunistas chineses acumularam, e muitas vezes silenciosamente arquivaram, na sua evolução desde um partido de Mao Zedong e revolução em massa para um de crescimento dinâmico e de mercados em massa.
O estatuto também cimentou legados dos líderes anteriores, marcou políticas consagradas como deixar capitalistas entrarem no partido, e salientou a modernização económica como uma prioridade da nação.
Em 2007, o partido emitiu uma versão alterada do seu estatuto consagrando os slogans e a maior influência do presidente Hu Jintao, que deixa o cargo como líder do partido a 8 de Novembro no 18o Congresso.
As mudanças foram uma vitória simbólica para Hu neste Estado de partido único, onde o jargão ideológico é a linguagem do poder, dizendo a funcionários e cidadãos os líderes a seguir.
