A China lançou a sua missão espacial tripulada mais longa nesta segunda-feira, colocando dois astronautas em órbita para passarem um mês a bordo de um laboratório espacial que é parte de um plano mais abrangente para ter uma estação espacial tripulada permanente em funcionamento por volta de 2022.
O Shenzhou 11 decolou em um foguete Longa Marcha às 7h30, no horário local, da plataforma de lançamento remota de Jiuquan, no deserto de Gobi, e a televisão estatal mostrou imagens ao vivo do acontecimento.
Os astronautas irão se acoplar ao laboratório espacial Tiangong 2, ou “Palácio Celestial 2”, que foi enviado ao espaço no mês passado. Será a estadia espacial mais longa de astronautas chineses, relatou a mídia estatal.
No início desta segunda-feira, Fan Changlong, um dos vice-presidentes da poderosa Comissão Militar Central da China, encontrou-se com os astronautas Jing Haipeng e Chen Dong e expressou seus melhores desejos, relatou a agência estatal de notícias Xinhua.
“Vocês irão viajar ao espaço em busca do sonho espacial da nação chinesa”, disse Fan. “Com todo o treinamento científico e rigoroso, a preparação discreta e a rica experiência acumulada em missões anteriores, vocês irão cumprir a tarefa gloriosa e difícil… desejamos sucesso a vocês e aguardamos o seu retorno triunfante”.
O Shenzhou 11 é a terceira viagem espacial de Jing, que irá comandar a missão e comemorar o seu 50° aniversário em órbita. Numa missão espacial tripulada de 2013, três astronautas chineses passaram 15 dias em órbita e se acoplaram a um laboratório espacial, o Tiangong 1.
Obter avanços no programa espacial é uma prioridade de Pequim, e o presidente chinês, Xi Jinping, está pedindo que o país se estabeleça como uma potência espacial.
A China insiste que seu programa espacial tem fins pacíficos. Os chineses irão lançar um “módulo central” para sua primeira estação espacial em torno de 2018, disse em Abril uma autoridade sénior, o que integra um plano para uma estação espacial tripulada permanente em funcionamento por volta de 2022.
