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China congela USD14,5 biliões de associados a ex-chefe da segurança envolvido em corrupção

As autoridades chinesas congelaram bens no valor de pelo menos 90 biliões de iuanes (14,5 bilhões de dólares) de parentes e pessoas associadas ao chefe aposentado do serviço de segurança interna Zhou Yongkang, envolvido no maior escândalo de corrupção das últimas seis décadas na China, afirmaram duas fontes.

Nos últimos quatro meses, mais de 300 parentes, aliados políticos, protegidos e funcionários de Zhou foram colocados sob custódia ou interrogados, disseram à Reuters as fontes, que têm acesso à investigação.

O volume de bens congelados e o número de pessoas investigadas, que não haviam sido divulgados até agora, faz dessa operação uma investigação sem precedentes na China moderna e mostraria que o presidente Xi Jinping está combatendo a corrupção nos níveis mais altos.

No entanto, a investigação também pode estar a ser em parte motivada pelo facto de Zhou ter irritado líderes como Xi ao opor-se à queda do antes importante político Bo Xilai, que foi condenado à prisão perpétua em Setembro por corrupção e abuso de poder.

Zhou, de 71 anos, está na prática em prisão domiciliar desde que as autoridades começaram a investigá-lo no fim do ano passado. Ele é o mais importante político chinês a ser envolvido numa investigação de corrupção desde que o Partido Comunista assumiu o poder em 1949.

“É a mais grave na história da nova China”, disse uma das fontes, que têm laços com a liderança do país e pediu anonimato para evitar as repercussões que podem haver quando se dá entrevista à mídia estrangeira sobre a elite política. O governo ainda não fez uma declaração oficial sobre o caso, e não foi possível entrar em contacto com Zhou, familiares, associados ou funcionários.

Não está claro se algum deles tem advogado. O órgão anticorrupção do governo e a promotoria não respondem a pedidos de entrevista. Na China, alvos de investigações costumam desaparecer por meses ou anos até que um anúncio oficial seja feito.

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