A República Popular da China acaba de disponibilizar cerca de dois milhões de dólares para a implementação da terceira fase do desenvolvimento do Centro de Investigação e Transferência de Tecnologias Agrárias de Umbelúzi (CITTAU).
Venâncio Massingue, ministro da Ciência e Tecnologia, anunciou o facto durante uma audiência que concedeu ao vice-ministro chinês da agricultura, Niu Dun, que terminou, Sábado, uma visita de trabalho a Moçambique.
Durante a terceira fase, segundo Massingue, serão transferidas várias tecnologias, finda a qual os moçambicanos estarão mais capacitados para aplicarem o conhecimento no aumento da produção e da produtividade através de sementes melhoradas, que é a maior aposta de momento.
Para o efeito, prevê-se para breve a chegada de um grupo de 10 cientistas chineses a Maputo para a formação de técnicos moçambicanos.
“Nesta fase de exploração das potencialidades existentes no centro de Boane temos que saber aplicar a ciência para melhorar a produção e a produtividade por área das actuais 1-1,5 toneladas por hectare para 9-10 toneladas em alguns produtos. Essa é tarefa das instituições de investigação”, disse Massingue.
Prosseguindo, destacou que os fundos disponibilizados pela China vão apoiar a área de formação de cientistas, extensionistas e farmeiros, bem como o desenvolvimento tecnológico e a transferência de tecnologias, que são as armas indispensáveis para o combate a pobreza.
“Os cientistas são os novos soldados que estão na luta não com armas mas com o desenvolvimento do conhecimento”, disse Massingue.
Na ocasião, o vice-ministro chinês reconheceu que o desenvolvimento económico e social precisa da ciência e da tecnologia, sobretudo quando se trata do sector agrário, destacando que o seu país vai continuar a apoiar o CITTAU para o aumento da produção em Moçambique.
“No meu regresso (à China) vamos analisar todas as formas possíveis para conseguir mais apoio e organizar viagens ao mais alto nível entre os Ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT) de Moçambique e o Ministério da Agricultura da China, para o reforço da cooperação histórica entre os dois países para que possamos avançar para novos projectos”, disse o governante chinês.
A China, segundo Niu Dun, aposta na promoção de uma agricultura mecanizada em Moçambique como forma de reforçar as boas relações diplomáticas e politicas, bem como contribuir na luta contra a pobreza.