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China acusa de corrupção ex-encarregado de controlar bens do Estado

Os procuradores chineses acusaram, esta quinta-feira (19), o ex-chefe do órgão controlador dos activos do Estado por corrupção e abuso de poder, abrindo caminho para o julgamento de um homem que chegou a ser o responsável pela área do petróleo e tinha laços próximos com uma autoridade da segurança interna da China, que também caiu em desgraça.

O presidente Xi Jinping tem passado os últimos dois anos a combater a corrupção, dizendo que se trata de uma ameaça à sobrevivência do Partido Comunista. Dezenas de altos funcionários do partido, do governo, das Forças Armadas e das empresas estatais foram destituídos pela campanha.

Jiang Jiemin comandou o órgão controlador dos activos estatais por apenas cinco meses, até ser demitido depois de ser acusado de corrupção, em Setembro de 2013. Ele também dirigiu antes a estatal petrolífera CNPC, da qual a PetroChina é uma subsidiária, e é um colaborador próximo de Zhou Yongkang, o poderoso chefe de segurança nacional que também está a ser investigado por corrupção. O procuradoria da República disse que Jiang está a ser acusado de aceitar subornos, não explicar de onde provém boa parte dos seus bens e de abuso de poder quando trabalhava para a CNPC.

“Os seus activos e despesas, obviamente, excediam a sua renda legal. A diferença era muito grande e ele não foi capaz de explicar a sua origem”, disse a procuradoria num comunicado curto. “Abusou do seu poder, causando enormes prejuízos para os interesses do Estado.”

O caso será julgado num tribunal na província central de Hubei, acrescentou. Um segundo aliado de Zhou, Li Chuncheng, ex-vice-chefe do partido na província de Sichuan, também foi acusado de abuso de poder e corrupção, informou o procurador em um comunicado separado.

Ele também será julgado em Hubei. Pelo menos uma dúzia de ex-associados e protegidos de Zhou foram derrubadas como parte da campanha repressiva do presidente Xi Jinping.

Zhou financiava o ex-político Bo Xilai, que subiu rapidamente e foi condenado à prisão perpétua em 2013 por corrupção e abuso de poder, no pior escândalo político em décadas na China.

Zhou foi preso no ano passado e expulso do partido, acusado de crimes que incluem aceitar subornos para divulgar segredos do Estado. Ele subiu na hierarquia na CNPC e a partir de 1996-1998 actuou como gestor geral da empresa.

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