Apenas seis por cento do universo das casas das vítimas de cheias em Mutarara, província de Tete, Centro de Moçambique, foram construídas desde a ocorrência desta calamidade natural em 2006. O jornal “O País” escreve que das 13 mil casas previstas, o Governo, com o apoio da população local, só conseguiu construir 800. A principal justificação deste atraso é a insuficiência de dinheiro.
O Governo alocou cerca de 20 milhões de meticais (cerca de 571 mil dólares norte-americanos) valor que só chegou para erguer 500 casas. O Director Provincial das Obras Públicas e Habitação em Tete, Centro de Moçambique, Brito Soca, explicou que foi necessário um fundo adicional ao inicialmente disponibilizado pelo Governo para que fossem construídas mais 300 casas.
No processo de construção de novas casas, nos centros de reassentamento, as famílias beneficiarias fabricam os tijolos, enquanto que o Governo é responsável pela disponibilização do fundo usado para a compra de chapas de zinco, barrotes e cimento, bem como para o pagamento de mão-de-obra aos construtores. Contudo, neste momento, o trabalho encontra-se paralisado devido a falta de fundos.
Ano passado, o Governo central decidiu retirar o mandato de gestão do processo de construção ao governo provincial devido a falta de transparência. Não se sabe quando é que o processo vai retomar, numa altura em que diversas famílias continuam a viver em cabanas. Por outro lado, mesmo algumas das casas já entregues aos beneficiários ainda não estão concluídas.