Pelo menos 16 pessoas morreram, 69 estão desaparecidas e 135 foram resgatadas com vida depois que um edifício residencial de seis andares desmoronou na noite da sexta-feira num bairro de Nairóbi, capital do Quénia, devido às fortes chuvas.
“A operação de resgate está actualmente numa fase delicada e é preciso buscar o equilíbrio entre salvar as vidas das pessoas presas e recuperar os corpos daqueles que morreram”, disseram fontes do serviço de emergência na área ao jornal queniano “The Star”.
O edifício residencial veio abaixo na noite de sábado no bairro de Huruma, no nordeste da capital queniana, um dos mais castigados pelo temporal.
A Cruz Vermelha, que estabeleceu um centro de resgate para que as famílias possam localizar os desaparecidos e os feridos, afirmou que há 69 pessoas desaparecidas.
Por enquanto, 135 pessoas foram resgatadas com vida entre os escombros, quatro delas no final da noite de ontem, quando algumas testemunhas asseguraram ouvir vozes no local do desabamento.
O presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, foi ao local do incidente e pediu à polícia que detenha o proprietário do edifício, que segundo fontes do governo não tinha autorização para ser construído.
O chefe de operações de emergência da Cruz Vermelha, Mahdi Mohammed, explicou que os trabalhos de resgate são difíceis porque não podem ser utilizados equipamentos pesados como retroescavadeiras.
As famílias que viviam no prédio e em casas próximas foram abrigadas numa escola.
Segundo a imprensa local, 23 pessoas morreram desde sexta-feira em Nairóbi devido às fortes chuvas.
A Cruz Vermelha retirou cerca de 1.000 pessoas em Mathare e Mukuru, dois bairros pobres de Nairóbi cujas casas e barracos estavam em risco de desabamento.
Os moradores destas áreas continuam preocupados, já que as chuvas persistem na capital onde, em plena temporada de chuvas, as inundações são muito frequentes.