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Cessar-fogo antes das eleições Gerais em Moçambique?

As partes em diálogos estão confiantes que o consenso sobre o cessar-fogo será alcançado antes mesmo das eleições marcadas para 15 de Outubro próximo. “A nossa perpectiva é que esse processo termine antes das eleições de 15 de Outubro, para que o nosso povo possa votar sem intimidação, num ambiente de completa paz. Nós estamos comprometidos com esse objectivo”, disse Muthisse.

Por seu turno o chefe da delegação da Renamo afirmou as partes já acordarem que o cessar-fogo tem que acontecer o mais urgente possível. “Acredito que iremos conseguir em tempo útil”, finalizou.

Governo exige informações sobre homens e armamento da Renamo

Esta solicitação, segundo Muthisse, tem em vista a conhecimento de quantitativo dos homens que estão a proceder ataques neste momento, o que vai determinar a dimensão de qualquer avaliação a ser feita sobre participação de fiscais estrangeiros.

Na sua explicação, o representante do Governo, disse que não é possível sequer possível iniciar a análise desse processo sem que se saiba quantos homens armados a Renamo tem. Ademais, argumentou, um processo de cessação de fogo pressupõe o aquartelamento dos homens armados da Renamo para a sua reintegração na sociedade e isso tem implicações financeiras.

“Esses homens vão precisar de comer, sabão para tomar banho, pasta dentífrica e para quantificar o tipo de logística é preciso conhecê-los em termos quantitativo. Mais ainda, esses homens armados da Renamo têm que ser reintegrados na sociedade e isso tem custos. Há a questão de possível formação deles, a questão da pensão que o Governo e a Assembleia da República aprovaram para os combatentes, tantos do Governo assim como da Renamo que vão à reforma”, acrescentou.

Muthisse entende que se a Renamo pretende realmente a fiscalização estrangeira e a paz, então, tem que dar sinais dessa pretensão ao Governo, aos moçambicanos e ao mundo através da disponibilização das informações solicitadas. Mesmo assim, a delegação do governamental disse não ter exigido uma resposta rápida por parte da Renamo sobre essa matéria por entender que ela ainda precisa “ser mastigada e digerida”.

“Não houve uma resposta específica se concordam ou não concordam e nós também não fizemos pressão para que dessem uma resposta hoje. O que fizemos é enfatizar que para nós isso é fundamental. É um passo importante que mostraria, não só a delegação do Governo, mas também a sociedade, ao nosso povo e ao mundo que a Renamo está comprometida com a paz”, explicou.

Por seu turno a Renamo ainda aguarda que o Governo faça essa solicitação por escrito desses dados. “Em abono da verdade, a Renamo ainda não recebeu este documento a partir do Governo. O único documento que foi entregue na mesa foi o que a Renamo trouxe. Esperemos que o Governo traga também aquilo que são as suas reflexões”, respondeu Macuiane quando solicitado pelos jornalistas a reagir sobre a exigência do Governo.

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