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Centro de investigação agrária vai garantir auto-suficiência alimentar

O Presidente da Republica, Armando Guebuza, diz que o Centro de Investigação e Transferência de Tecnologias Agrárias de Moçambique (CITTAM) vai permitir o domínio, por parte dos moçambicanos, de conhecimentos nas áreas da agricultura e pecuária para produzirem para a sua autosuficiência e para a exportação.

Guebuza, que falava, Quinta-feira, no distrito de Boane, província de Maputo, no sul de Moçambique, durante a visita que efectuou aquela instituição, disse que o centro vai permitir o aumento da produtividade sem se enveredar pela tradicional via do aumento das áreas de cultivo.

Trata-se de um empreendimento orçado em mais de seis milhões de dólares norte-americanos (cerca de 40 milhões de yuans) financiados pelo Governo chinês no âmbito da cooperação existente entre os dois países no domínio da ciência e tecnologia, visando garantir o aumento da produção através da investigação.

“O objectivo não é somente aumentar a produção porque pode ser aumentada de varias formas. Nem sempre se aumenta a produção através do aumento da área de produção. Temos que ter em mente a outra componente do aumento da produção através do aumento da produtividade em áreas pequenas”, vincou Guebuza.

O estadista moçambicano manifestou-se bastante esperançado pelo facto de o centro estar já a trabalhar no sentido de aumentar o rendimento da produção da cultura de arroz de sequeiro de três para seis toneladas por hectar, destacando que a transferência destas tecnologias para o produtor vai resolver os problemas reais do povo.

“Agradecemos a China por ter trazido este desafio a Moçambique o que nos resta agora é torna-lo realidade. Não é por acaso que muitas vozes tentam intoxicar a nossa cooperação. Estamos firmes e continuaremos juntos na luta contra a fome e no combate a pobreza”, disse Guebuza.

A China é um parceiro estratégico de Moçambique desde os tempos da luta de libertação nacional, altura em que um grupo de chineses deixou o seu país, já independente, para treinarem combatentes moçambicanos em Nachingueia e, a partir dai, a China apoiou sempre e até hoje continua a apoiar.

“Apreciamos altamente a cooperação e colaboração da China e continuaremos juntos nos nossos objectivos de eliminar a fome em Moçambique”, reafirmou o Presidente Guebuza.

Por seu turno, o Ministro da Ciência e Tecnologia, Venâncio Massingue, disse que o centro vai providenciar formação de curta e media dimensão aos extensionistas, técnicos e outros interessados, e garantir apoio técnico as comunidades para aumentarem a produção por via do aumento da produtividade.

O Centro possui uma área de 52 hectares de campo de ensaio e pavilhões para a produção de animais de pequeno porte. “Vamos trabalhar com associações de produtores, estudantes de instituições de ensino superior e de investigação para que possam aliar a teoria a pratica”, destacou Massingue.

O centro visitado hoje pelo Chefe do Estado moçambicano conta com dois laboratórios, gabinetes de docentes, duas salas de aula, duas salas de reuniões, dormitórios, bibliotecas e esta agora a trabalhar em parceria com o Ministério das Obras Públicas e Habitação (MOPH) no acerto de alguns aspecto conclusivos para num futuro breve começar a ministrar cursos de capacitação.

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