As autoridades ligadas ao recenseamento militar na província meridional moçambicana de Maputo consideram que as escolas secundárias do segundo ciclo são a principal salvação para o actual quadro negro na afluência de jovens aos postos, quando se está a poucos dias do fim oficial da campanha 2012.
Major Pinho, chefe do recrutamento geral na província, disse ao “Notícias” que a esperança em termos de cumprimento da meta estabelecida para este ponto no país, de 19 mil jovens, reside, efectivamente, nas escolas secundárias do segundo ciclo, pois é nelas onde se encontram grandes efectivos de jovens em idade militar.
“Tal como aconteceu o ano passado, a nossa expectativa é de que, até ao final do processo, teremos mais adesão nas escolas secundárias. Neste momento, estamos a receber dados dos distritos, mas os que temos até agora indicam abaixo de 50 por cento”, explicou o Major Pinho, acrescentando que está em curso a supervisão do recenseamento naqueles estabelecimentos de ensino.
Questionado sobre o registo de alguns constrangimentos no processo, nomeadamente no que diz respeito à obtenção de alguns documentos exigidos no acto do recenseamento militar junto de algumas administrações, aquele responsável afirmou que se trata de casos geralmente isolados e relacionados com cobranças, mas que não devem ser tidos como impeditivos.
Uma outra situação que pode incentivar o desconforto no seio dos jovens é o facto de, nalgumas administrações, o agente recenseador ser, ao mesmo tempo, funcionário local.
Ou seja, por vezes, vê-se na contingência de executar, simultaneamente, duas tarefas importantes.
