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CEDEAO congela bens da junta no Mali

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciou uma série de sanções severas, das quais a proibição de viajar e o congelamento dos bens, contra a junta no poder no Mali, soube a PANA de fonte oficial no local.

Esta decisão da CEDEAO segue a uma manifestação protagonizada pela junta que fez fracassar, Quinta-feira última, uma missão de alto nível deste bloco regional, de acordo com a fonte.

As sanções efectivar-se-ão a partir da Segunda-feira próximna, se a junta recusar-se a restaurar a ordem constitucional no Mali, indica a fonte.

As mesmas medidas juntam-se à precedente suspensão do Mali da organização sub-regional, segundo um comunicado divulgado no termo duma mini-cimeira de urgência da CEDEAO organizada, Quinta-feira última, em Abidjan, na Côte d’Ivoire.

As medidas consistem no congelamento dos bens dos membros da junta e dos seus cúmplices no seio dos Estados membros da CEDEAO, das contas do Mali no Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), de qualquer ajuda financeira destinada ao Mali, na proibição de viajar para todos os membros da junta e na chamada de todos os embaixadores da CEDEAO no Mali, precisa o texto divulgado na noite da Sexta-feira.

O fecho de todas as fronteiras dos Estados membros da CEDEAO com o Mali, a recusa ao Mali de aceder aos portos marítimos dos Estados membros da sub-região e a suspensão da participação do Mali em todos os eventos desportivos e culturais no espaço comunitário constam igualmente desta panóplia de medidas.

“Por outro lado, a CEDEAO convida a União Africana (UA) a reforçar as suas próprias sanções contra a junta e os seus acólitos, e submeter as sanções da CEDEAO ao Secretário-Geral das Nações Unidas (Ban Ki-moo)”.

De facto, a mini-cimeira de urgência foi convocada depois duma visita da delegação de alto nível da CEDEAO ao Mali ter sido anulada devido aos “problemas de segurança”.

Antes da visita, os manifestantes favoráveis aos golpistas cercaram o aeroporto de Bamako onde a delegação previa aterrar, contrariamente ao compromisso tomado pela junta.

A delegação integrava seis chefes de Estado oeste-africanos que deviam encontrar-se com a junta, na sequência duma mini-cimeira extraordinária da Terça-feira da CEDEAO, em Abidjan, a fim de reforçar os esforços da região para restabelecer a ordem constitucional no Mali.

A delegação, conduzida pelo Presidente em exercício da CEDEAO, o Presidente ivoiriense Alassane Ouattara, integrava igualmente os Presidentes do Benin, Yayi Boni, do Burkina Faso, Blaise Compaoré, da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, do Níger, Mamadou Issoufou, e da Nigéria, Goodluck Jonathan.

Todavia, uma delegação de sete membros do Comité dos chefes de Estados-Maiores da Defesa da CEDEAO, encabeçada pelo seu presidente, o chefe de Estado-Maior da Côte d’Ivoire, o general Soumaila Bagayoko, avistou-se com a junta, em Bamako.

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