O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, rejeitou, esta segunda-feira (16), a insinuação de que os Estados Unidos poderiam conceder amnistia ao ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden se ele entregasse os documentos que ainda estão em seu poder.
“A nossa posição nessa questão não mudou de modo algum”, disse Carney num encontro com a imprensa, respondendo a uma pergunta. “O senhor Snowden foi acusado de divulgar informações secretas e ele enfrenta nos Estados Unidos acusações criminais. Ele deveria retornar aos Estados Unidos o mais depressa possível, onde ele terá os seus direitos legais respeitados no nosso sistema.”
Os documentos divulgados por Snowden revelaram detalhes da vigilância indiscriminada da NSA e provocaram revolta com a espionagem da agência. Snowden obteve asilo temporário na Rússia.
Rick Ledgett, que supervisiona uma força-tarefa da NSA para avaliar os danos das divulgações de Snowden, disse no domingo ao programa “60 Minutes”, da rede CBS, que “valia a pena ter uma conversa sobre” conceder amnistia a Snowden se ele entregasse a informação da qual se apoderou.
“Na minha opinião, sim, vale a pena ter uma conversa sobre isso”, disse Ledgett. “Eu preciso de garantias de que o resto dos dados estaria seguro e meu nível de exigência para essas garantias seria muito elevado.”
