Os jornalistas activos em Moçambique passarão a possuir uma carteira profissional que os identifique quando estiverem em exercício de funções, por forma a valorizar os actores da classe e a mitigar situações que amiúde mancham todos os escribas.
O draft do regulamento deste documento foi debatido e aprovado por representantes dos jornalistas e patronato do sector, sábado e domingo passados, na vila fronteiriça da Namaacha, devendo a sua entrada em vigor acontecer após aprovação pelo Parlamento de Moçambique, não antes de 2011.
Antes de a proposta avançar para a Assembleia da República, ela deverá ser debatida pelos jornalistas nas Redacções e marcar passos em diversas esferas ligadas à área laboral.
Os resultados dos debates nas Redacções e outras forças vivas interessadas serão em seguida hamornizados e aprovados em definitivo em reunião magna do SNJ, para depois seguir os competentes passos até à sua aprovação como lei no Parlamento.
Participaram na reunião da Namaacha representantes do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ), Associação das Empresas Jornalísticas (AEJ), MISA e Fórum dos Editores de Moçambique.
O draft do regulamento da carteira profissional de jornalista – inédita em Moçambique, mas corrente em muitas partes do mundo – refere que o documento poderá ser atribuído não apenas a profissionais no activo, como também àqueles que a exerceram por 15 anos ininterruptos ou 20 de forma intercalados, incluindo a título honorário e/ou póstumo.
Na reunião da Namaacha foram igualmente apreciados e aprovados o anteprojecto de Estatuto do Jornalista e a proposta de Código de Ética e Deontologia Profissional dos profissionais de comunicação social em Moçambique.
A questão da carteira profissional de jornalista foi uma das principais “bandeiras” da lista do actual secretário-geral do SNJ, Eduardo Constantino, durante a sua campanha eleitoral para a liderança do sindicato, cujo mandato termina oficialmente no próximo dia sete de Novembro próximo.