A Fórmula 1 segue para o grande prémio noturno de Cingapura, esse fim de semana, com intensos rumores sobre troca de pilotos, mas aparentemente as negociações só serão destravadas depois de Lewis Hamilton decidir o seu futuro.
O inglês da McLaren, campeão mundial de 2008, não é o único com a chave do carrossel mas, como ficará sem contrato no final da temporada, ele é o piloto mais importante do grid a ter o controle do seu destino nas próprias mãos.
Se decidir “sair de casa” e ir para a Mercedes, Hamilton vai provocar uma reacção em cadeia nas outras equipes da Fórmula 1, que deve coincidir com a segunda aposentadoria de Michael Schumacher.
O que vai acontecer na Ferrari, a outra grande charada da F1 no momento, depende de uma decisão a ser tomada pela escuderia e não pelo piloto brasileiro Felipe Massa, que deseja permanecer como companheiro de equipe de Fernando Alonso, mas corre o risco de perder a sua vaga.
A vida de Massa também pode ser influenciada por Hamilton, uma vez que uma vaga na McLaren apresentar-se-ia como uma alternativa mais interessante do que continuar como número 2 de Alonso na Ferrari.
Hamilton disse a repórteres,fim de semana, que estava concentrado apenas em buscar o seu segundo título mundial com a McLaren e que não seria distraído pelas especulações sobre contrato.
Um jeito simples de encerrar as especulações seria anunciar uma decisão, e a McLaren tem novas reuniões marcadas com os empresários do piloto para acontecer esta semana.
Pode haver um acordo repentino, mas igualmente, com ambos os lados jogando duro, há o risco de um rápido deterioramento nas relações entre o staff de Hamilton e a sua actual escuderia. A McLaren tem a seu favor um histórico de bons resultados, além do favoritismo nas casas de apostas britânicas – a William Hill reduziu o pagamento para a renovação de Hamilton com a equipe de 17-20 para 1-2, no Sábado.
Desde a estreia de Hamilton na F1 em 2007, após quase uma década a ser preparado pela McLaren, a equipe venceu 32 provas, ante 30 da Red Bull e 27 da Ferrari. A Mercedes tem apenas uma vitória como equipe, excluindo as oito da sua antecessora Brawn GP.
Uma eventual partida de Hamilton para a Mercedes certamente representaria um fim de linha para o heptacampeão Schumacher, recordista de vitória na F1, com 91, mas que, aos 43 anos, não conseguiu brilhar na sua volta às pistas pela Mercedes.
Na lista de espera para as possíveis vagas na Mercedes, McLaren e Ferrari estão nomes como a dupla da Force India Paul Di Resta e Nico Hulkenberg e o mexicano Serio Pérez, a grande revelação da temporada, pela Sauber.