Um carro-bomba explodiu fora de uma academia de polícia na capital do Iémen, Sanaa, esta quarta-feira (7), matando cerca de 30 pessoas e ferindo mais de 50, disseram fontes da polícia.
O ataque demonstra a situação cada vez pior da segurança no país e a persistente ameaça da Al Qaeda. O conflito sectário iniciado depois da revolta popular de 2011 que levou à queda do governo e a divisões nas Forças Armadas agravou-se desde Setembro, quando a milícia muçulmana xiita houthi tomou Sanaa.
A Al Qaeda na Península Arábica (Aqap), um dos braços mais activos do grupo militante sunita, vinha ampliando os ataques no Iémen antes do avanço dos houthis e tem realizado ainda mais bombardeios e ataques com armas de fogo desde então.
Não houve reivindicação de responsabilidade de imediato pelo ataque desta quarta-feira. No passado, a Al Qaeda assumiu a autoria de ataques similares. Entre as vítimas da explosão estão estudantes da academia e pessoas que esperavam numa fila para se inscreverem na polícia, disseram as fontes, além de transeuntes.
A explosão foi ouvida em várias partes da cidade e uma grande coluna de fumaça era visível perto da academia, numa área bastante congestionada, perto do banco central e do Ministério da Defesa.
“A situação é catastrófica. Encontramos corpos empilhados uns sobre os outros”, disse um paramédico no local do ataque, enquanto as ambulâncias retiravam as vítimas.
As nações ocidentais e do Golfo Pérsico temem que a instabilidade no Iémen possa enfraquecer ainda mais o governo local, dando à Aqap mais espaço para planear ataques noutros países. O Iémen tem uma extensa fronteira com a Arábia Saudita.