A explosão de um carro-bomba matou quatro somalis ao atingir um comboio da Organização das Nações Unidas (ONU) perto do aeroporto internacional da capital, esta quarta-feira (3), expondo a ameaça que os insurgentes ainda representam apesar das recentes perdas de territóro.
O Al Shabaab, grupo islamista ligado à Al Qaeda, assumiu a responsabilidade pelo atentado. O grupo, que busca derrubar o governo de Mogadíscio apoiado pelo Ocidente e impor a sua versão da lei islâmica, danificou um veículo da ONU, mas não matou nenhum funcionário da organização, disse um porta-voz para a missão da ONU na Somália, Aleem Siddique.
A polícia somali disse que quatro somalis morreram, incluindo um policial e dois guarda-costas que trabalhavam para um prestador de serviço. Outras treze pessoas ficaram feridas.
Os ataques na Somália intensificaram-se nas últimas semanas, mostrando a persistência da ameaça do Al Shabaab depois de as tropas de paz terem expulsado o grupo da capital em 2011. As autoridades disseram que os islamistas ainda controlam faixas do interior do país e mantêm assentamentos a partir dos quais lançam ataques.
O porta-voz para operações militares do Al Shabaab, Sheikh Abdiasis Abu Musab, disse em comunicado que a bomba teve como alvo “um comboio de mercenários estrangeiros e seus aliados apóstatas”.
A segurança ao redor do aeroporto foi intensificada depois do ataque, mas as operações no aeroporto não foram afectadas, disse a equipe de comunicação do primeiro-ministro por meio do Twitter.