A Bélgica colocou o estado de alerta para a sua capital, Bruxelas, no nível mais alto neste sábado, fechando o metropolitano e alertando a população para evitar multidões por causa de uma ameaça “grave e iminente” de ataque.
Uma semana após os ataques de Paris realizados por militantes do Estado Islâmico, dos quais um suspeito de Bruxelas está foragido e é apontado por autoridades como altamente perigoso, a cidade foi colocada no nível superior “quatro” em escala de ameaça do governo, depois de uma reunião dos principais ministros, a polícia e serviços de segurança.
Soldados faziam a segurança em partes de Bruxelas, incluindo as instituições da União Europeia com sede na cidade. Bruxelas é também a sede da NATO.
“O resultado de informações relativamente precisas apontou para o risco de um ataque parecido com o que ocorreu em Paris”, disse o primeiro-ministro belga, Charles Michel, em entrevista colectiva no sábado. “Nós estamos a falar sobre a ameaça de vários indivíduos com armas e explosivos lançarem um ataque talvez em vários locais ao mesmo tempo”, afirmou Michel.
Ele recusou-se a dar mais detalhes, mas disse que o governo vai rever a situação na tarde de domingo. O sistema de metropolitano permanecerá fechado até então, de acordo com a recomendação do centro de crise, afirmou ele.
O órgão de crise do governo informou que estava pedindo às autoridades locais para cancelar grandes eventos, exortar as pessoas a evitar multidões, adiar partidas de futebol, fechar o metropolitano de Bruxelas para o fim de semana e intensificar a presença militar e policial.
“O conselho para a população é evitar lugares onde muitas pessoas se reúnem, como centros comerciais, espectáculos, eventos ou estações de transporte sempre que possível”, disse um porta-voz do centro de crise.
O militante suspeito Salah Abdeslam, de 26 anos, voltou para Bruxelas a partir de Paris após os ataques, quando seu irmão mais velho Brahim explodiu-se num café.
Autoridades francesas disseram que os ataques que mataram 130 pessoas foram planeados em Bruxelas por um homem local, Abdelhamid Abaaoud, de 28 anos, que lutou pelo Estado Islâmico na Síria e foi morto no cerco a um apartamento no subúrbio parisiense de St. Denis na quarta-feira.