Catorze moçambicanos acabam de ser formados no manuseamento de máquinas de desminagem, dotadas de alta capacidade de desactivação e remoção de engenhos explosivos e não explosivos.
Dos catorze sapadores que actualmente trabalham com uma máquina de género, em Maputo, importada do Japão, no quadro da cooperação entre o governo nipónico e de Moçambique, dois são do sexo feminino.
Trata-se de uma máquina capaz de efectuar um trabalho de 50 pessoas, a qual já se encontra em operação na província de Maputo. O embaixador nipónico em Moçambique Susumu Segawa, falando ao “Diário de Moçambique”, em Chimoio, disse que a importação de outras máquinas para juntarem-se à esta, vai depender dos resultados a serem produzidas pela já existente.
Moçambique tem um plano que consiste em livrar todas as zonas minadas, um objectivo que se pretende alcançar até 2014, no quadro do tratado de Otawa.
Estas zonas devem ser transformadas em locais de produção de alimentos, no quadro dos esforços conducentes a garantia da segurança alimentar. O embaixador do Japão em Moçambique fez uma avaliação positiva quanto a coorperação bilateral.
O Japão coopera com o nosso país nas áreas da Educação, Agricultura e Desminagem. Susumu Segawa considera que zonas minadas constituem uma verdadeira ameaça ao sector agrícola, daí que haja em Moçambique extensas porções de terra arável que sejam na condição de subaproveitamento.
“A vinda de novas máquinas está dependente dos resultados a serem produzidos por esta. Mas a máquina tem uma grande capacidade de operação”, avançou o diplomata, sublinhando que a ter que acontecer a importação, mais técnicos moçambicanos terão que ser formados, de modo que estejam em condições para manuseá-las. Uma máquina, em referência, de desminagem, está para catorze técnicos.
O número de eventuais futuros formandos, também está dependente que quantidade de máquinas que forem a ser solicitadas. Instado a avaliar o impacto do referido aparelho pesado, a fonte disse ser ainda prematuro já que foi introduzido a poico tempo, estando, presentemente, a operar em Maputo.
Segawa avançou que a avaliação deve ser feita pelo Instituto Nacional de Desminagem, entidade coordenadora da actividade. Frisou, que a cooperação em vários domínios, incluíndo a área de desminagem, está a decorrer de forma satisfatoria.
Além das zonas produtivas de alimentos, a desminagem também está a acontecer ao longo das linhas fronteiriças e também abrangeu determinadas zonas por onde passam as linhas de trasnporte da energia eléctrica, descritas como zonas económicas ou de produção de receitas.
Na última sexta-feira o diplomata nipónico percorreu determinadas zonas da província de Manica, que estão em vias de serem declaradas livres de minas.
Esteve concretamente na localidade de Boavista, posto administrativo de Zembe, no distrito de Gondola, onde foi informado que a comunidade local, já não está exposta ao perigo de minas, apesar de estarem em curso actividades de revisão, tal que permitiu declar por exemplo o distrito de Báruè, norte da província, livre daquele tipo de engenho.