A empresa Transmarítima S.A., totalmente detida pelo Estado e a Peschaud Moçambique assinaram, na quarta-feira, 7 de Março, em Maputo, um memorando de entendimento para a revitalização da cabotagem marítima em Moçambique.
Assinado pelos presidentes dos Conselhos de Administração da Transmarítima S.A. e da Peschaud Internacional, na presença do ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, o referido memorando de entendimento visa regular as acções das partes envolvidas no processo para o desenvolvimento do transporte de cabotagem marítima no País, uma actividade que pretende assegurar a ligação e o fornecimento de bens entre as províncias do País, através dos portos primários e secundários.
Intervindo durante a cerimónia, o ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, assegurou que o transporte de cabotagem irá, efectivamente, reduzir os preços das mercadorias nos locais de destino.
“Igualmente, este sistema irá dinamizar o desenvolvimento económico dos vários locais por onde os serviços de cabotagem marítima irão escalar, nomeadamente os portos principais e os secundários”, acrescentou.
Ainda no quadro das vantagens da cabotagem, o governante destacou que a mesma irá contribuir? significativamente, para a redução da sinistralidade rodoviária, na medida em que passará a ser explorada a via marítima para o transporte de carga.
Por fim, Carlos Mesquita referiu que a assinatura deste memorando de entendimento lança um novo desafio para o País, “que é o da capacitação dos portos secundários, para os quais o sector dos transportes tem estado também a trabalhar”.
O PCA da Transmarítima S.A., Jafar Ruby, referiu, por sua vez, que a assinatura deste memorando de entendimento marca o pontapé de saída para as operações de cabotagem marítima em Moçambique.
Da contraparte, Peschaud Moçambique, Jafar Ruby assumiu tratar-se de um parceiro bastante experiente na área de cabotagem, destacando a sua presença em vários países africanos.
“É igualmente por este motivo que vamos, conjuntamente, dar os passos que faltam para a revitalização da cabotagem em Moçambique, nomeadamente da selecção das embarcações ou dos navios mais adequados, que posteriormente serão adquiridos e colocados a operar em Moçambique”, avançou Jafar Ruby.
No tocante às etapas para a operacionalização da cabotagem, Jafar Ruby explicou que, de acordo com o cronograma já estabelecido, dentro de um mês será feito o registo da sociedade entre a Transmarítima S.A. e a Peschaud Moçambique, estando a sua operacionalização prevista para Setembro do ano em curso.
O PCA da Peschaud Internacional, Christophe Peschaud, garantiu, após a assinatura do memorando de entendimento, que a sua instituição tudo fará para viabilizar a operação de cabotagem no País e para que a mesma decorra nas melhores condições.
“Estamos conscientes de que a prioridade nacional é operacionalizar os portos secundários pelo que, pensamos nós, este projecto veio mesmo a tempo para prestar devidamente os serviços, sobretudo aos grandes desenvolvimentos que vão acontecer na zona Norte do País”, considerou.
Importa referir que o investimento para o arranque da revitalização da cabotagem marítima, feito pela Transmarítima S.A. e pela Peschaud Moçambique, está avaliado em mais de 10 milhões de dólares norte-americanos.