Mais de 10 por cento dos pais, a nível mundial, afirmaram que os seus filhos sofreram bullying na Internet e quase um quarto conhece um jovem que já foi vítima das intimidações na Web, segundo uma pesquisa da Ipsos/Reuters.
Mais de três quartos das pessoas questionadas na pesquisa global consideraram o ciberbullying diferente de outros tipos de perseguição e disseram que ele merece atenção especial e esforços dos pais e das escolas.
“Os dados mostram claramente um apetite entre pessoas, a nível do mundo, por uma resposta direccionada ao ciberbullying”, disse Keren Gottfried, da empresa de pesquisas Ipsos, que conduziu a pesquisa.
Ela acrescentou, contudo, que depende dos educadores agir de acordo com essa demanda. A pesquisa online, que englobou mais de 18 mil adultos em 24 países, dos quais 6.500 são pais, mostrou que o veículo mais utilizado para o ciberbullying são sites de redes sociais como o Facebook, citado por 60 por cento das pessoas.
Aparelhos móveis e salas de bate-papo na Internet ficaram nos distantes segundo e terceiro lugares da pesquisa, sendo que cada um deles foi citado por 40 por cento das pessoas.
Embora a pesquisa tenha mostrado que a conscientização sobre o ciberbullying é relativamente alta, com dois terços das pessoas a afirmarem que ouviram, leram ou viram informações sobre o fenómeno, a pesquisa mostrou que há muitas diferenças culturais e geográficas a respeito dele.
Na Indonésia, 91 por cento dos entrevistados disseram conhecer o ciberbullying. Na Austrália, o número foi de 87 por cento, e a Polónia e a Suécia ficaram a seguir.
Mas somente 29 por cento das pessoas ouvidas na Arábia Saudita e 35 por cento dos entrevistados na Rússia haviam ouvido sobre o ciberbullying.
Nos Estados Unidos, onde divulgou-se amplamente casos de ciberbullying ligados a suicídios de adolescentes, o número foi de 82 por cento.