O primeiro-ministro britânico Gordon Brown elaborou nesta segunda-feira uma lista de cinco desafios que os líderes do G20 terão que superar em seu encontro de quinta-feira em Londres, e pediu que os participantes se mostrem à “altura do desafio”.
O primeiro desafio será o de assegurar um “aumento adequado dos recursos” de instituições como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para que elas possam atender melhor aos pedidos de ajuda dos países mais afetados pela crise.
Os outros são: livrar os bancos de seus ativos tóxicos; fazer “tudo o que for necessário” para estimular o crescimento; resistir ao protecionismo e favorecer os intercâmbios comerciais; e, por fim, promover um futuro ecologicamente viável.
“Estes são os cinco desafios para a cúpula do G20, os testes pelos quais o mundo deve passar”, declarou Brown durante uma entrevista coletiva à imprensa ao lado do presidente mexicano Felipe Calderon, em visita de Estado a Londres.
“Temos, com certeza, longas jornadas de negociações pela frente”, admitiu Brown. “São problemas difíceis e complexos. Não será fácil chegar às conclusões que, acredito, sejam necessárias para a economia mundial.”
O primeiro-ministro afirmou que sua viagem na semana passada a Nova York, ao Brasil e ao Chile, onde participou da reunião de líderes progressistas, o convenceu de que “o mundo quer se reunir”. “Amanhã e depois de amanhã, continuarei a fazer todo possível para estabelecer um consenso e permitir um acordo que nos tire desta recessão e conduza o mundo ao caminho do crescimento”, acrescentou.
“Este é um momento decisivo para a economia mundial. Temos uma escolha a fazer”, disse. O mundo pode “deixar a recessão continuar e (se) entregar ao isolacionismo e ao protecionismo”, ou se preparar para “responder à recessão”, advertiu.
“Estes são os desafios com os quais nos defrontamos em Londres. Nesta semana, o mundo inteiro deve se mostrar à altura do desafio”, insistiu.
