O Governo brasileiro acaba de decidir por “não activar novas iniciativas de ajuda técnica a Moçambique em 2011”, devendo concentrar todos os esforços na consolidação dos até agora existentes, de acordo com fonte competente da missão diplomática daquele país em Maputo.
O nosso informante aludiu à actual crise financeira mundial como tendo sido determinante para a tomada desta medida. António de Souza e Silva, embaixador do Brasil em Maputo, acrescentou que a medida visa proteger a economia brasileira e conter a inflação no seu país.
A conclusão das obras de construção da fábrica de medicamentos anti-retrovirais, em 2011, reabilitação do Centro Florestal de Machipanda, na província de Manica, e o processo de informatização de dados do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) são alguns dos programas de vulto patrocinados pelo Brasil em Moçambique.
Apesar de Moçambique ser o segundo maior receptor da ajuda técnica do Brasil no mundo, depois do Haiti, devido à actual conjuntura económica, “o nosso Governo não vai canalizar novos projectos para Moçambique em 2011”, realçou de Souza. A decisão do Brasil de congelar apoios técnicos a terceiros não atingiu apenas Moçambique, enfatizou o diplomata.