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BP e Shell entram na corrida de gás natural na bacia do Rovuma

As multinacionais do petróleo “BP plc” e “Royal Dutch Shell Plc” estão a disputar a aquisição de 20 por cento das acções da companhia italiana “Eni S.p.A.” que, actualmente, encontra-se envolvida na prospecção de hidrocarbonetos na bacia do Rovuma, norte de Moçambique, anunciou, Domingo, o jornal britânico “Independent on Sunday”.

Outras notícias indicam que a multinacional francesa “Total SA”, também tenciona entrar na corrida.

BP e Shell poderão desembolsar pelo menos quatro biliões de dólares pela aquisição de 20 por cento das acções da Eni, graças a descoberta de depósitos massivos de gás natural em Moçambique.

Por seu turno, a Eni, uma companhia com sede em Roma, tenciona vender acções daquilo que considera maior descoberta de gás natural em toda a sua história.

Como compensação, aquela companhia italiana pretende um suporte financeiro para as despesas de capital resultantes das operações de prospecção.

A Eni detém 70 por cento das acções no furo de Mamba Sul 1, localizado na Área 4 na bacia do Rovuma, ao largo da costa da província de Cabo Delgado.

Esta multinacional italiana integra um consórcio que inclui a companhia portuguesa Galp Energia (10 porcento), a sulcoreana KOGAS (10 porcento) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique (ENH) com 10 por cento.

O Estado moçambicano detém 100 por cento das acções da ENH, enquanto que a Eni detém 30 por cento das acções da Galp Energia.

Segundo a Eni, as descobertas de gás natural em Moçambique superam de longe as suas expectativas e abrem novas oportunidades de crescimento no mercado de gás natural, tendo a bacia do Rovuma confirmado as suas reservas de gás natural de classe mundial.

Os depósitos de gás natural também abrem novas oportunidades para o desenvolvimento de Moçambique.

Além disso, estão localizadas numa região ideal para abastecer os mercados asiáticos que, nas últimas décadas, registam um crescimento económico assinalável. A Eni anunciou a sua primeira descoberta de gás natural em Outubro de 2011.

Esta descoberta ocorreu na área “Mamba Sul 1” a uma profundidade de 1.585 metros, cerca de 40 quilómetros ao largo da costa de Cabo Delgado, cujas estimativas indicavam a existência de 15 triliões de pés cúbicos (TCF) de gás natural.

Este foi o primeiro furo da Eni para a prospecção de hidrocarbonetos na Área 4. Volvidos algumas semanas, a Eni anunciou novas descobertas na ordem de 50 por cento, subindo para cerca de 22,5 TCF a quantidade de gás natural em Moçambique.

Nos meados de Fevereiro do corrente ano, ocorreu a descoberta de mais depósitos de gás natural com reservas potenciais na ordem de 7.5 triliões de pés cúbicos (TCF), no furo de pesquisa Mamba Norte-1, aberto na área 4 da Bacia do Rovuma.

Com estes resultados estima-se em 30 TCF as reservas potenciais de gás natural no Complexo Mamba da área 4. Ao longo do corrente ano, a Eni tenciona abrir pelo menos cinco novos furos para avaliar o potencial do Complexo Mamba.

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