Pelo menos 54 pessoas morreram, Quinta-feira (20), num bombardeio que atingiu um posto de gasolina na província de Al Raqqa, no norte da Síria, onde há intensos combates entre rebeldes e forças do governo, segundo os activistas.
O presidente da Síria, Bashar al-Assad, disse que os grupos armados no país “não serão vencedores” na luta contra o governo, acrescentando que a “porta para o diálogo continua aberta”.
Em declarações à revista semanal egípcia Al-Ahram Al-Araby, que será publicada, Sexta-feira, Assad afirmou que os “grupos armados praticam terrorismo contra o Estado. Eles não são populares dentro da sociedade … eles não serão vitoriosos no final”.
Um vídeo divulgado por activistas, identificado como sendo de Al Raqqa, mostrou nuvens de fumaça escura a sairem da carcaça de um posto de gasolina, diante do olhar atónito de algumas pessoas.
As forças governamentais bombardearam rebeldes perto da fronteira com a Turquia, a cerca de 30 quilómetros ao norte, nos limites de Al Raqqa, que, Quarta-feira (19), foi tomada por insurgentes.
Uma testemunha da Reuters no lado turco da fronteira ouviu disparos intensos e explosões perto do posto fronteiriço de Tel Abyad, onde uma bandeira da oposição ainda tremulava.
Os moradores correram para a fronteira quando os disparos intensificaram-se. Foi impossível verificar a autenticidade do vídeo dos activistas, e o governo restringe o trabalho da imprensa internacional na Síria, o que dificulta a confirmação dos relatos que chegam do país.
O governo de Bashar al Assad tem usado helicópteros e aviões de combate para bombardear partes do país onde há actividade insurgente, incluindo bairros residenciais na capital e nas principais cidades sírias.
As forças do governo atacam postos de gasolina no interior para privar os rebeldes de combustível. Civis vêm montando locais menores e mais discretos para a venda de combustível.
Os activistas dizem que mais de 27 mil pessoas já foram mortas em 18 meses de conflito. Também, Quinta-feira, o ministério sírio da Informação disse que um helicóptero militar que caiu perto da capital atingiu a cauda de um avião comercial saudita, mas que as 200 pessoas a bordo não se feriram.
Em terra, as forças de segurança cercaram e invadiram um bairro rebelde na zona sul de Damasco, prendendo mais de cem pessoas e deixando vários mortos.
Além disso, a imprensa estatal disse que os soldados mataram cem “terroristas” afegãos em Aleppo (norte).
Os rebeldes na área disseram que essa informação foi inventada pelo governo, e que os militares não estiveram no bairro de Bustan al Qasr, suposto local da ofensiva.