Camponeses de sete distritos das províncias meridionais moçambicanas de Gaza e Inhambane poderão enfrentar fome até Março de 2013, devido à seca severa que está a flagelar aquelas regiões.
Trata-se dos distritos de Chicualacuala, Chibuto, Chigubo e Guijá, na província de Gaza; e Funhalouro, Mabote e Panda, em Inhambane, onde as reservas alimentares estão minguadas, segundo um estudo desenvolvido pelo programa FEWS NET dos Estados Unidos da América (EUA), de segurança alimentar.
De acordo com FEWS NET, nestas circunstâncias, a subsistência daquelas famílias passa a depender das folhas e tubérculos silvestres e remessas alimentares despachadas por familiares a trabalhar fora daquelas localidades, para os que os têm.
Para evitar dramas maiores, algumas famílias dedicam-se à veda de lenha, carvão vegetal, animais domésticos, bebidas alcoólicas tradicionais e artigos de artesanato dentro e fora do país, e os proventos são fonte para aquisição de bens alimentares noutras regiões.
Por outro lado, desde Outubro até Dezembro de 2012, os distritos de Mutarara, Moatize, Chiuta e Changara, em Tete, também registam bolsas de fome devido à seca cíclica.
Em jeito de conclusão, o FEWS NET realça que “os níveis de assistência humanitária contra a insegurança alimentar em Moçambique continuam inadequados”, uma vez que cerca de 155 mil famílias das zonas rurais tidas como pobres estão fora do sistema.
Refira-se que o Programa Mundial de Alimentação (PMA), em parceria com o governo moçambicano, está a assistir 100 mil das 255 mil famílias identificadas como estando a enfrentar insegurança alimentar aguda.
