O Bloco da Oposição Construtiva, uma organização que engloba diferentes partidos políticos, sem representação no Parlamento nem na Assembleia da República em Moçambique, apresentou, nesta sexta-feira (08), em Maputo, ao Ministério do Interior (MINT), uma estratégia de combate ao crime, na qual defende a contratação de especialistas estrangeiros em crimes e a disponibilização de equipamento inerente ao trabalho nesse sentido, bem como o uso de tecnologias anti-terrotistas.
O porta-voz do Bloco da Oposição Construtiva, Yacub Sibindy, disse que os seus parceiros de cooperação, nomeadamente os Estados Unidos da América (EUA) e a França, disponibilizaram-se amaterializar a estratégia em alusão, o que poderá reduzir as constantes violações dos direitos humanos, nomeadamente os sequestros, violações sexuais, assassinatos, dentre outros males sociais.
Essa estratégia irá igualmente reduzir a morosidade na localização dos malfeitores, sequestradores e todos outros criminosos que actuam de forma organizada, semeado dor, luto e incerteza na população, disse Sibindy.
Segundo ele, a parceria de combate ao crime deve servir de alternativa para estancar o fenómeno que está aumentar a descrença popular em relação ao trabalho feito pela Polícia. Essa situação reduz o volume de investimentos e abranda o crescimento da economia moçambicana.
Sibindy acrescentou que com a implementação da estratégia ora depositda ao MINT, o Estado estará capacitado para garantir a segurança ao cidadão, através da aquisição e uso de meios sofisticados de combate, vigilância e controlo.
Por sua vez, o ministro do Interior, Alberto Mondlane disse que a proposta será avaliada com vista a tirar maior proveito da mesma e delinear-se uma acção conjunta para o combate à criminalidade que, de há tempos a esta parte, tende a ser cada vez mais protagonizada de forma violenta em diferentes partes do terrotório moçambicano.
Mondlane sublinhou que são iniciativas como do Bloco da Oposição Construtiva que estimulam e encorajam o engajamento da corporação no combate a crimes tais como os sequestros que, desde o ano de 2011, tiram sono a milhares de moçambicanos devido à forma arrojada com que os protagonistas deste mal passeam a sua classe, sobretudo nas cidades de Maputo, da Matola e da Beira, perante a aparente incapacidade da Polícia em neutralizar as gangues.
Na entrega da refrida estratégia cujo conteúdo do documento foi apresentado à Imprensa superficialmente, o ministro apelou à população para que não viva aterrorizada, porque uma das formas eficazes para combater o crime é envolver-se na vigilância.
Segundo Mondlane, decorre, dentro da corporação, um trabalho que visa acabar com os esquemas de contratação de recursos humanos (incluindo agentes da Lei e Ordem) de conduta duvidosa. O trabalho passa também pela expulsão de polícias criminosos e sua condenação caso se prove que estiveram envolvidos em actos ilícitos.

