O Benfica foi travado na corrida para o título pelo Setúbal numa noite em que Cardozo atirou um penálti à trave. O Sporting em Alvalade voltou a marcar passo para o Campeonato e perdeu com os estudantes de Coimbra.
Quando as Vitória de Setúbal e Benfica entraram em campo, na memória de muita gente pairava ainda a goleada de há cinco meses (8-1) na Luz. Mas, apesar de o Vitória repetir seis titulares desse encontro, os primeiros minutos mostraram algo bem diferente, com os sadinos cheios de garra e com vontade de complicar a vida a um Benfica que não estava nos seus melhores dias.
Mas mesmo assim o Benfica marcou primeiro no seguimento de um canto da direita, com Ricardo Silva a introduzir a bola na própria baliza, depois de um cabeceamento de David Luiz e de um toque de Zoro. Foi o 24.º golo benfiquista de bola parada e o 16.º na primeira meia hora de jogo.
O Vitória, porém, não se deixou abater pelo golo. Confirmou os bons sinais e começou por desperdiçar boas oportunidades até que David Luiz, que numa tentativa de alívio colocou a bola na baliza de Quim (38’).
Na segunda parte, a intensidade aumentou e chegaram também os casos. No final os sadinos festejaram o empate como se fosse uma vitória enquanto Jorge Jesus recolheu aos balneários com apenas um ponto e com a expectativa redobrada para ver o que fará segunda-feira o Braga, que pode reaproximar-se dos “encarnados” e até ultrapassá-los se vencer os dois jogos que tem em atraso.
A Académica contribuiu com mais um capítulo para o filme de terror em que vive o Sporting esta temporada, particularmente arrepiante nas duas últimas semanas.
Um “frango” de Rui Patrício aos 4’; um penálti claro não assinalado, aos 86’ e uma bola salva sobre a linha de golo pela defesa academista no derradeiro instante do encontro explicam muito da terceira derrota do Sporting em Alvalade nesta temporada.
A equipa de Carvalhal até prometeu nos instantes iniciais do encontro e reagiu bem ao golo madrugador, repondo a igualdade, aos 23’, mas um segundo tempo muito fraco, com muitas unidades em sub-rendimento, deitou tudo a perder.
Ao intervalo, o empate não era injusto, mas prejudicava claramente a equipa da casa. A Académica voltou ao relvado confiante, equilibrando a partida e apostando numa maior posse de bola, de forma a arrefecer os ímpetos atacantes dos lisboetas. João Ribeiro recebeu a bola e meteu-a no canto da baliza de Rui Patrício (59’) numa jogada rápida e eficaz do ataque visitante.
Nos instantes finais, o Sporting conseguiria empurrar os academistas contra as redes, mas o árbitro e a sorte não ajudaram.
