O Benfica começou oficialmente a temporada da mesma forma que terminou a última época: a vencer e frente ao mesmo adversário que bateu em Maio na final da Taça de Portugal, o V. Guimarães. As águias foram quase sempre a melhor equipa durante os 90 minutos, embora os vimaranenses tenham assustado o tetracampeão no arranque da segunda parte, mas não o suficiente para colocar em perigo o triunfo dos lisboetas, que conquistaram neste sábado(05) a 7ª Supertaça do seu historial.
Aos 12 minutos o Benfica já vencia por 2-0 e o resultado só poderia surpreender quem não estava a assistir ao jogo em Aveiro. A dupla que muito prometeu durante a pré-temporada, Jonas e Seferovic, voltou a fazer das suas, sempre com a batuta de Pizzi, que construiu os dois golos dos colegas de ataque, num período de domínio completo das águias.
A jogar em pressão alta, logo no sector defensivo dos vimaranenses, o Benfica criou muitas dificuldades aos comandados de Pedro Martins. Com um meio-campo de dois jogadores mais defensivos, Celis e Zungu, o V. Guimarães não conseguia fazer o transporte de bola até perto da área do adversário, sobretudo devido à tal pressão do rival muitas vezes iniciada pelos próprios Jonas ou Seferovic.
Com esta estratégia, os encarnados chegaram facilmente aos golos, primeiro, aos 3 minutos, num lance de Pizzi pela direita, onde Jonas apareceu sozinho a fazer a recarga a uma defesa de Miguel Silva. O lance do golo intranquilizou ainda mais a defesa do V. Guimarães, que num par de minutos viu as águias criarem mais situações de perigo, isto sem conseguirem sair do seu meio-campo.
O 2-0 aconteceria aos 12 minutos, quando Pizzi descobriu Seferovic a isolar-se e este, já na área, não teve dificuldades para bater o jovem guardião vimaranense. Era um Benfica muito forte, e a fazer esquecer aquele que se mostrou durante a pré-temporada, fase em que somou mais derrotas (quatro em seis jogos) que triunfos.
As ocasiões de golo surgiam quase a cada lance de ataque e aos vimaranenses valeu Miguel Silva, que evitou uma goleada ao intervalo. Ainda assim, e contra a corrente, num dos poucos lances de contra-ataque do adversário, a defesa dos encarnados aparece a dormir, aos 43 minutos, e Raphinha reduziu. Estávamos perto do intervalo, mas a verdade é que este golo não só acordou os vimaranenses, como “adormeceu” as águias.
A perder e a jogar muito mal na 1.ª parte, a verdade é que o V. Guimarães regressou dos balneários transfigurado e Pedro Martins viu, então, a sua equipa tomar as rédeas do jogo no começo do 2.º tempo. Já o desempenho do Benfica regrediu para os níveis da pré-época, mostrando-se agora mais lento, na expectativa e bastante irregular na defesa.
A pressão exercida pelo V. Guimarães obrigava o tetra campeão nacional a cometer erros e mais do que um par de ocasiões os minhotos tiveram o empate nos pés. Mas ora a péssima finalização, ora Bruno Varela (estreia oficial a titular no lugar de Júlio César) valeram ao Benfica.
Assistia-se a uma segunda parte totalmente diferente da primeira, mas a verdade é que, mesmo a jogar pior, os encarnados nunca desistiram de chegar ao ataque, até porque os vimaranenses abriam mais espaços atrás, em busca do tal golo do empate.E aos poucos voltaram a assumir a partida, sobretudo nos derradeiros 15 minutos.
A formação de Pedro Martins acusava já o desgaste e minuto após minuto as águias acercavam-se da área vimaranense, até porque no ataque já havia sangue novo, concretamente o mexicano Raul Jiménez, que haveria de matar o jogo, aos 83″, fazendo o 3-1 num remate à entrada da área. O cérebro do mesmo, mais uma vez, foi Pizzi, que isolou o mexicano para carimbar a sétima Supertaça do Benfica.