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Bebé de 8 meses morre intoxicado por gases durante protestos em Gaza

Um bebé de 8 meses morreu na noite de segunda-feira devido à asfixia causada pelo gás lacrimogéneo lançado pelo Exército de Israel em Gaza durante os protestos desta segunda-feira, informaram fontes oficiais da Palestina.

Ashraf Al Qedr, porta-voz do Ministério da Saúde palestino, confirmou hoje o falecimento da menina, Laila al Gandor, subindo para 59 o número de mortos na segunda-feira nas manifestações contra a inauguração da Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém e também na Grande Marcha do Retorno.

Além disso, mais de 2,7 mil palestinos ficaram feridos, a metade deles por bala ou estilhaços. Os protestos tiveram a participação de famílias inteiras, atendendo uma chamada do Hamas.

Pais, mães, idosos e crianças, alguns dos quais estavam na vanguarda dos protestos. No entanto, no caso de Laila, sua mãe estava com um grupo de pessoas a um quilómetro de distância da linha da fronteira, perto de barracas de campanha instaladas pelos organizadores, mas o gás lacrimogêneo estendeu até esta área.

Desde o dia 30 de março, diversas facções palestinas convocaram manifestações semanais para reivindicar seu direito ao retorno às terras das que foram expulsos ou fugiram com a guerra e criação do Estado de Israel em 1948, que completou ontem 70 anos.

Além disso, ontem eles saíram para protestar pela mudança da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, que representa uma mudança no consenso histórico internacional.

Os protestos de ontem em Gaza “não têm precedentes nas semanas anteriores em seu grau de violência”, disse o general-de-brigada e porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Ronen Manelis, a um grupo de jornalistas, entre eles a Agência Efe.

“O Hamas está disfarçando acções terroristas, a intenção de penetrar em território israelita, de manifestações pacíficas que leva mulheres e crianças e que são colocadas na primeira fila”, denunciou o militar, pedindo que os habitantes de Gaza que não se aproximem da cerca na qual o Hamas os empurra. “Se, apesar de tudo, eles são crianças, o dano é de inteira responsabilidade do Hamas”, afirmou Manelis.

Os palestinos lembraram na terça-feira a Nakba (Catástrofe, em árabe), na qual marcam o 70º aniversário do desastre que significa para eles a criação de Israel e o começo de seu exílio.

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