O Banco de Moçambique (BM) retirou de circulação, em 2010, pouco mais de 20,4 milhões de meticais em notas e moedas do Metical por se encontrarem num avançado estado de “má conservação”.
No ano anterior, 2009, foram destruídas notas e moedas no valor global correspondente a 16,1 milhões de meticais pelas mesmas razões, segundo o Relatório Anual 2010 desta instituição financeira moçambicana que também serve de banqueiro do Estado.
Em banco estavam notas e moedas num montante de 2,3 milhões de meticais, em 2010, e 1,8 milhão de meticais em 2009, segundo ainda o mesmo documento que estima em 26,4 milhões de meticais o valor de notas e moedas que estavam em circulação em 2010, contra 20,5 milhões de meticais de 2009.
Troca
Entretanto, termina oficialmente em Dezembro de 2012 o processo de troca de notas e moedas do Metical da antiga família pelas da terceira, cuja característica comum é a inscrição BANCO DE MOÇAMBIQUE, com seu valor a ser obtido a partir da aplicação de uma taxa de conversão de mil unidades sobre o valor do Metical da primeira e segunda famílias.
Até lá a troca só pode ser feita junto dos balcões do BM existentes nas cidades do Maputo, Beira, Nampula, Lichinga, Pemba, Inhambane, Tete e Quelimane, regiões onde o banco central tem as suas representações, exceptuando-se as do Xai-Xai e Chimoio, cujas delegações deverão ser abertas ao longo do presente ano, 2012, segundo o respectivo governador, Ernesto Gove, falando recentemente por ocasião do fim do ano de 2011.
Importa referir, entretanto, que está em curso desde 1 de Outubro de 2011 a introdução da Série 2011 das notas da divisa moçambicana de 20, 50 e 100 meticais tidas como possuindo maior segurança e durabilidade.
O Metical, lembre-se, foi criado em 1980, ao abrigo da Lei 28/80, de 16 de Junho, que confere poder liberatório pleno e ilimitado em todo o país.
Desde a sua criação já foram emitidas três famílias do Metical, compostas por notas e moedas com inscrições “REPÚBLICA POPULAR DE MOÇAMBIQUE”, para o caso da primeira família, de “REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE”, para a segunda família, e “BANCO DE MOÇAMBIQUE”, para a terceira família.
Conselho consultivo
Refira-se, entretanto, que o BM realiza, de Quarta a sexta-feira, o seu conselho consultivo para apreciar questões sobre a organização e funcionamento da instituição e debate sobre Estratégia Nacional de Desenvolvimento, Importância da Estabilidade Macroeconómica e do Sector Financeiro no crescimento económico nacional.
O debate destes temas estará aberto à participação do público interessado.