O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) concedeu dois donativos correspondentes a 1,223 milhões de dólares norte-americanos para patrocinar projectos do sector agrícola em Moçambique. Os projectos serão desenvolvidos numa área de 3500 hectares, em Chemba, na província de Sofala, e nos distritos de Lugela e Mocuba, na província da Zambézia, num espaço de 6000 hectares. Para o efeito, um acordo de financiamento foi assinado na sexta-feira (05), na capital moçambicana.
De acordo com o representante do BAD, Joseph Ribeiro, a oferta feia à Odebrecht Moçambique será usada para financiar a preparação de investimentos relacionados com o desenvolvimento de uma cadeia de valor para a produção de frango, seu processamento e distribuição, incluindo a edificação de um aviário.
Para o caso da Ecofarm Moçambique, o objectivo do donativo é o de custear a preparação do plano de produção de cana-de-açúcar, de recuperação ambiental e de avaliação de impacto social, desenho de um sistema de irrigação e do projecto de electrificação da fábrica de processamento da cana.
“O projecto da Ecofarm enquadra-se nos esforços do BAD e do Governo de Moçambique, de promover a participação do sector privado na promoção da agricultura, envolvendo camponeses circunvizinhos no sistema de “outgrowrs” visando ao aumento da renda familiar, emprego, bem-estar e combate a pobreza”, explicou Joseph Ribeiro.
Por seu turno, Júlio Costa, representante da Ecofarm, disse que, actualmente, cerca de 75 porcento de indivíduos exercem as actividades acima referidas.
Refira-se que as doações foram aprovadas ao abrigo da iniciativa de Financiamento Acelerado para a Agricultura (Agricultural Fast Track Fund) aos sectores privados que trabalham nas áreas de infra-estruturas e agricultura.