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Ban Ki-moon no Ruanda para discutir ‘genocídio’

O Ruanda diz que irá expressar ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o seu ultraje face às acusações de alegado genocídio. O rascunho de um relatório das Nações Unidas, que foi tornado público sem autorização, acusa as tropas ruandesas e os seus aliados de terem massacrado civis na República Democrática do Congo entre 1996 e 1997.

O Presidente Paul Kagame já ameaçou retirar as forças de manutenção da paz ruandesas do Darfur, no Sudão, caso o documento venha a ser publicado. Ban Ki-moon deslocou-se, inesperadamente, ao Ruanda esta terça-feira para discutir as ameaças decorrentes do relatório que acusa o país de “genocídio”.

Ameaças

A ministra dos Negócios Estrangeiros, Louise Mushikiwabo, reuniu-se com Ki-moon após a sua chegada e disse que estavam “contentes por o secretário-geral ter considerado importante vir à RDC discutir este relatório.” “É importante que Ki-moon perceba porque nos sentimos ultrajados por este relatório, que pode causar instabilidade na região.” E acrescentou: “Nunca aceitaremos que o exército que lutou contra o genocídio seja acusado de tal crime.”

Louise Mushikiwabo reiterou ainda que, caso o documento seja tornado oficial, o Ruanda irá retirar os seus 3550 soldados das missões das Nações Unidas no Sudão. Angola O Ruanda tem 3300 tropas ao serviço da UNAMID no Darfur. Os outros 250 soldados trabalham com a UNMIS, que está a apoiar a implementação de um acordo de paz, assinado em 2005, entre o norte e o sul do Sudão.

Outros países que enviaram tropas para a RDC, como Angola, também são mencionados no relatório, mas o Ruanda é o que enfrenta maiores acusações. Na semana passada, as Nações Unidas anunciaram o adiamento da publicação do documento para 1 de Outubro, com vista a dar tempo aos países para fazer os seus comentários ao conteúdo do documento.

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