O filme “Argo”, dirigido por Ben Affleck, ganhou no domingo o prémio Bafta de melhor filme do ano, enquanto Daniel Day-Lewis recebeu mais um troféu pelo papel-título de “Lincoln”, em resultados que confirmam as previsões de analistas.
Affleck também ganhou o prémio de melhor diretor por “Argo”, drama sobre o resgate de reféns norte-americanos após a revolução de 1979 no Irão. O filme se credencia ainda mais para receber o Oscar de melhor filme neste mês.
“Você é notável no que faz. É inteligente e sabe o que quer, mas, o que é mais importante, ama o que está fazendo”, disse George Clooney, um dos produtores de “Argo”, a Affleck na hora em que eles recebiam o prêmio de melhor filme.
A cinebiografia de Abraham Lincoln dirigida por Steven Spielberg concorria em dez categorias no prêmio britânico, mas levou só um troféu, para Daniel Day-Lewis, a exemplo do que já havia ocorrido no Globo de Ouro e em outras premiações nos EUA.
O recluso Day-Lewis, conhecido por ser um ator com muito método e que permanece no personagem durante todo o período de filmagem, iniciou seu discurso de aceitação do prêmio ironizando seus próprios hábitos de trabalho. “Por via das dúvidas, caso eu precisasse um dia falar numa noite como esta, permaneci no personagem de mim mesmo pelos últimos 55 anos”, disse ele, arrancando risos da plateia na Royal Opera House.
A francesa Emmanuelle Rivas, de 85 anos, ganhou o Bafta de melhor atriz por “Amor”, do austríaco Michael Haneke. Esse filme, falado em francês, também recebeu o prémio de melhor filme em língua não-inglesa.
Anne Hathaway foi escolhida a melhor atriz coadjuvante pela trágica personagem Fantine, de “Os Miseráveis”. Christoph Waltz ganhou como coadjuvante masculino, por “Django”, que também recebeu o Bafta de melhor roteiro.