Uma seita religiosa da Suazilândia, denominada Bafati Besilingi (mulheres da catapulta), frequentada apenas por mulheres, está a ensinar as suas crentes como tratar bem os seus parceiros, incluindo a “prática de sexo santo” para reduzir o concubinato.
A religião, cujos membros rezam com armas brancas nas mãos, nomeadamente facas, martelos e paus, que acreditam poder destruir os demónios que supostamente apossaram-se dos seus parceiros, está a ganhar popularidade no seio das mulheres que reúnem-se, última Sexta-feira de cada mês, em Manzini, a capital económica da Suazilândia.
Uma reportagem do jornal Time of Swaziland refere que o grupo não tem um pastor ou um líder espiritual e que “o nome Bafati Be-ndwayimane ou Bafati Besilingi é derivado de versos bíblicos de Samuel em que fala sobre a fisga que David usou para matar o gigante Golias”.
A fundadora da seita Bafati Besilingi, Letta Ndzinisa, disse ter-se apercebido que a maioria dos casamentos desmorona porque os cônjuges não se satisfazem na cama.
“Nós sempre ensinámolas a orar antes de elas se envolverem na prática (com os seus parceiros), porque acreditamos que o sexo santo é sempre gratificante”, afirmou Letta Ndzinisa.
Para a responsável, uma combinação de oração, sexo e amor ungidos às mulheres crentes pode fazer com que os maridos prestem menos atenção às amantes.
“O nosso objectivo é construir lares fundados em valores e princípios cristãos. Queremos que as mulheres respeitem os seus maridos. Nós as encorajamos a cozinhar com amor e sempre resolver os seus problemas de forma amigável”, explicou.
Muitas crentes aderem à igreja Bafati Be-ndwa-yimane ou Bafati Besilingi para resolver os seus problemas conjugais.
“Orar por homens casados que traem as suas esposas é uma das prioridades na igreja conhecida como Bafati Bendwayimane”, diz o jornal sobre a seita das mulheres, que igualmente rezam “para que os seus sogros deixem de as odiar”.
De acordo com a publicação, algumas mulheres levam roupas dos seus parceiros, incluindo peças interiores, para receber oração.
A propósito, o reverendo Jabulani Msane, da Igreja Evangélica Ezulwini, disse que as armas brancas não devem ser permitidas na igreja, afirmando não haver nenhum versículo na Bíblia que autorize os cristãos a usar esse tipo de instrumento para qualquer fim.
“Mesmo que eu não saiba o que exactamente está a acontecer nesta igreja, posso dizer que o que estão a fazer é errado”, afirmou, acrescentando que uma outra forma de oração poderia ser aceitável, mas não armas.