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BAD insatisfeito

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) mostrou-se, esta quarta-feira, em Maputo, insatisfeito com o incumprimento pela Administração Nacional de Estradas (ANE) dos prazos de conclusão das obras de reabilitação e manutenção de estradas e pontes em Moçambique.

A representante do BAD em Moçambique, Alice Hamer, mostrou-se igualmente preocupada com o alegado mau desempenho do Conselho de Administração da ANE e com a lentidão na conclusão dos processos de procurement, “originando, algumas vezes, derrapagens financeiras importantes que só poderão ser supridas com fundos adicionais, nem sempre disponíveis”.

Hamer sugeriu ao Governo e aos parceiros externos de cooperação que se “arrangem formas inteligentes” para se acelerar o processo de procurement e escolher modelos mais apropriados para cada circunstância, para além de se melhorar a comunicação entre as partes, e, sobretudo, eliminar algumas fases de aprovação dos projectos.

“A experiência ensina-nos que só uma parceria efectiva e colaboração séria entre o Governo e os parceiros de desenvolvimento poderão levar-nos ao tão almejado sucesso”, considerou a representante do BAD, falando durante uma reunião de análise do desempenho do Plano Económico e Social do sector das Estradas registado no primeiro semestre de 2010 e aprovação de novas acções para o segundo semestre.

A reacção de Muthemba

Respondendo às preocupações do BAD, o ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba, disse, depois de reconhecê-las, que “o problema é organizacional, de competência e de fiscalização”, ajuntando que o seu sector está a trabalhar no sentido de ultrapassar os mesmos constrangimentos.

Execução do plano

Dados apurados durante o encontro pelo, Correio da manhã, apontam que dos cerca de 29 290 quilómetros de estrada planificados para serem trabalhados ao longo do primeiro semestre de 2010 foram pavimentados 5442 quilómetros, ficando por cobrir cerca de 23 850 quilómetros.

Também na manutenção de estradas e pontes verificou-se um incumprimento, uma vez que o plano foi feito em 34%, acontecendo o mesmo relativamente à manutenção de estradas e pontes que dão acesso às zonas mais produtivas e à população mais carenciada, cuja realização foi de 23%.

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