O negociador-chefe nuclear do Irão, Saeed Jalili, enviou uma mensagem desafiadora antes de uma nova rodada de negociações com potências mundiais no Cazaquistão, dizendo, esta Quinta-feira (4), que elas têm que reconhecer o direito do Irão a um programa nuclear para que haja qualquer avanço nas conversas.
Jalili disse também que a República Islâmica vai defender o seu direito de enriquecer urânio com “mais rigor” depois das eleições presidenciais em Junho.
“O impacto das eleições será que … o nosso povo irá defender o seu direito com mais rigor”, disse ele em discurso numa universidade na cidade cazaque de Almaty. Dirigindo-se à rodada de negociações, que deve começar na Sexta-feira e durar até Sábado, Jalili acrescentou que “nós achamos que as nossas negociações de amanhã podem ir adiante com uma palavra, que é a aceitação dos direitos do Irão, especialmente o direito ao enriquecimento”.
As potências mundiais suspeitam que o programa iraniano de enriquecimento de urânio tem uma dimensão militar secreta e estão a pedir a Teerão para suspender o refino de urânio a níveis mais elevados.
Teerão nega que esteja a buscar a capacidade de fazer bombas e diz que o seu trabalho atómico é para a geração de energia e pesquisas médicas.