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Autor de massacre na Noruega é considerado são e condenado a pena máxima

O norueguês Anders Behring Breivik foi condenado, esta Sexta-feira (24), à pena máxima vigente no país, 21 anos de prisão, pela morte de 77 pessoas num massacre, ano passado.

O resultado motivou um ligeiro sorriso de triunfo por parte de Breivik, que qualifica-se como um guerreiro anti-islâmico. Sem demonstrar nenhum arrependimento pelos crimes, Breivik, de 33 anos, ofereceu ao tribunal de Oslo uma saudação de braço esticado e punho cerrado, antes de ouvir a sentença.

Ele pode permanecer preso durante mais de 21 anos, caso fique definido que ele continua a constituir uma ameaça à sociedade depois do fim da pena inicial.

Em julho do ano passado, Breivik plantou uma bomba entre prédios governamentais no centro de Oslo, e depois matou a tiros vários adolescentes numa ilha dos arredores da capital, onde o Partido Trabalhista (governo) realizava um acampamento de verão.

Na ocasião, o atirador disse que havia prestado um serviço à nação para coibir a imigração, e que os únicos resultados dignos para o julgamento seriam a absolvição ou a pena de morte. A sua maior preocupação era ser considerado inimputável, e ele prometia recorrer caso isso fosse decidido.

A promotoria tentou a tese da insanidade mental, o que levaria Breivik a ser internado indefinidamente num manicómio judicial. A juíza Wenche Elizabeth Arntzen rejeitou isso.

Alguns sobreviventes do massacre também opunham-se à tese da insanidade, pois queriam que Breivik fosse plenamente responsabilizado por seus actos, e temiam a demora nos recursos subsequentes.

Mas, para muitos noruegueses, ainda chocados com o maior massacre no país desde a Segunda Guerra Mundial, os detalhes eram secundários.

“Ele está a ter o que merece”, disse Alexandra Peltre, de 18 anos, baleada na coxa na ilha de Utoeya. “Isso é o carma a contra-atacar-lhe. Não me interessa se ele é insano ou não, desde que ele tenha a punição que merece.”

Breivik, que rendeu-se sem luta e confessou os crimes, foi ouvir a sentença vestido de terno preto e gravata, e ainda com o cavanhaque visto durante as dez semanas de audiências encerradas em Junho.

Ele deu um sorriso forçado ao entrar no recinto, e fez a saudação direitista quando teve as algemas retiradas. Voltou a sorrir quando ouviu a sentença.

“Ele disse-me que vai aceitar esse veredicto”, disse o seu advogado, Geir Lippestad, à Reuters. Uma advogada de algumas vítimas e familiares também disse estar “satisfeita, embora essa não seja realmente a palavra correcta, e aliviada”.

“É isso que esperávamos”, disse Mette Yvonne Larsen. “Já recebi muitas mensagens de clientes a dizerem-me que a Justiça foi feita, e que eles estão felizes por isso ter acabado e por nunca mais verem-lhe outra vez”.

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