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Autópsia afasta violência na morte da turista australiana em Moçambique mas o pai continua insatisfeito

A autópsia efectuada na África do Sul ao cadáver da jovem australiana, Elly Warren, encontrada sem vida numa praia no sul de Moçambique, a 09 de Novembro passado, afasta a violência como causa de morte. Mas Paul Warren, pai da vítima, continua convencido de que a filha foi sufocada até à morte.

Trata-se da segunda autópsia realizada naquele país. Na primeira, as autoridades moçambicanas concluíram, preliminarmente, que a malograda caiu de frente e perdeu a vida asfixiada pela areia da praia.

Na altura, a avaliar pelas informações que correram o mundo, a imagem de Moçambique na área de turismo ficou, de algum modo, beliscada e alegava-se falta de segurança nas estâncias turísticas.

O secretismo da Polícia da República de Moçambique (PRM) em esclarecer o caso deu azo a tal cenário. A turista Elly Warren, de 20 anos de idade, foi encontrada sem vida, na praia do Tofo, na província de Inhambane, próximo de uma casa de banho pública, um local bastante movimentado, por pescadores que alertaram a PRM.

Testemunhas relataram ao @Verdade que o corpo da finada não apresentava sinais exteriores de violência. Todavia, a sua roupa interior estava um pouco acima do joelho, o que levou as autoridades policiais a presumirem que a vítima tenha sido abusada sexualmente.

Dias após o sucedido, o @Verdade perguntou a Cláudio Langa, porta-voz do Comando-Geral da PRM, se havia ou não o relatório da autópsia à vítima e qual era o teor. “Ainda não. A perícia ainda está a trabalhar no assunto”, disse o agente da Lei e Ordem, que, perante a nossa insistência, alegou haver dados que continuavam em investigação e “não podemos torná-los públicos, neste momento. Está-se a trabalhar”.

Entretanto, na semana passada, a imprensa australiana avançou que ainda não eram conhecidas as causas da perda de sinais vitais de Elly Warren.

Segundo o “The Australian”, os media especularam que a finada “podia ter recebido algum tipo de droga usada em violações, mas os relatórios de toxicologia da África do Sul parecem indicar que a única droga no seu sistema era o álcool”.

O “The Age”, cita o Paul Warren afirmando que uma autópsia dirigida pela proeminente patologista de Joanesburgo, Dra. Patrícia Klepp, não encontrou sinais de estupro ou agressão sexual. Mas “encontrou-se areia nos pulmões de Elly Warren (…) e nenhum vestígio de drogas. A autópsia mostrou hematomas e abrasões em torno da boca de sua filha e uma grande quantidade de areia em seus brônquios esquerdo e direito (…). Por mais que me doa dizer isso, Elly morreu de forma violenta”.

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