Automobilistas e passageiros recusaram-se nesta terça-feira (10) a integrar colunas do exército no troço de cem quilómetros entre Save e Muxúnguè, Sofala, centro de Moçambique, exigindo o seu cancelamento, por estarem a “atiçar a instabilidade e o conflito”.
“O exército escolta-nos, mas há ataques constantes no troço. Estes ataques visam militares. Então que nos deixem fazer sozinhos o percurso como dantes”, disse à Lusa por telefone, Sebastião Jorge, transportador de carga, e que descreveu a existência de milhares de carros parados, cujos proprietários “recusam-se a integrar a coluna no Save”.
Um novo ataque, atribuído a homens armados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição em Moçambique, feriu hoje dois civis, após dois dias de interregno nos confrontos, quando a coluna do exército, de Muxúnguè para Save, foi emboscada na região do rio Gorongosa, na N1, a estrada que liga o sul e o centro do país.