Os dois autocarros alocados pelo Ministério dos Transportes e Comunicações à cidade de Chimoio, visando minorar a escassez de transporte urbano que se verifica na capital provincial de Manica, enfim começaram a circular, cerca de dois meses após haverem chegado ao parque das oficinas do Conselho Municipal, órgão ao qual tais meios foram entregues.
Segundo o Conselho Municipal de Chimoio, através do respectivo presidente, Raul Conde Adriano, os autocarros ainda não entraram em total funcionamento por estar ainda em curso a criação de uma empresa municipal de transportes, a qual deverá assegurar a gestão desses meios. A entrega aconteceu em Setembro, o que alimentou aos munícipes a esperança de verem reduzidas as dificuldades pelas quais passam para se deslocarem dentro da cidade e arredores, sobretudo nas horas de ponta, quando a procura por meios de transportes públicos aumenta e os “chapas” não conseguem responder à demanda.
Tratam-se de autocarros com capacidade para 80 passageiros cada. Há dias, na 14ª sessão ordinária da Assembleia Municipal de Chimoio, a questão dos autocarros ainda parqueados foi levantada antes da chamada ordem do dia. Maria Emília, da bancada da Frelimo, questionou os motivos pelos quais os referidos autocarros ainda não entraram em circulação. Quando entrarem em funcionamento, os autocarros em referência cobrirão os bairros da Soalpo, Tambara-2 e a zona do IAC, havendo perspectivas de chegarem ao posto administrativo de Vandúzi, no distrito de Manica.
Apesar de não virem a cobrir grande parte dos bairros da cidade, os munícipes manifestam-se satisfeitos com a recepção dos autocarros em Chimoio. “Apesar de não serem muitos os bairros que terão acesso ao transporte urbano de passageiros, seria importante que os machimbombos fossem já postos a circular”, disse Sixpense Chano, residente do bairro 16 de Junho. Ele é de opinião que sejam priorizados os bairros por onde não passam os transportes semi-colectivos de passageiros, tais como Trangapasso e Piloto.
“Seria importante que os machimbombos estivessem já a circular. Passam dois meses desde que chegaram. A entrada em funcionamento dos mesmos vai evitar a carência de transportes, embora dois autocarros só sejam insuficientes para uma cidade como Chimoio, que está a crescer”, referiu, por sua vez, Ismail Fernando, também residente do bairro 16 de Junho.
Falando à margem da sessão da Assembleia Municipal de Chimoio, Raul Conde descreveu como fundamental a criação da empresa municipal de transporte, de modo a que possa fazer a devida gestão dos meios disponíveis. Disse estar ainda em processo a identificação de uma entidade empresarial que poderá garantir o funcionamento da empresa e que não coloque em causa os interesses do Estado. Além disso, conforme acrescentou, está em curso a contratação de motoristas, em número de quatro, que estejam em condições de conduzir os autocarros.